
Eunice (de pé) discute um projeto com a arquiteta Alessandra Monteiro
Quando a consultora de vendas Eunice Codognoto começou a trabalhar na loja de móveis planejados Todeschini, em 1979, papéis e lápis eram seus maiores aliados. Na verdade, eram os únicos instrumentos disponíveis para mostrar um projeto a um cliente.
“Fazia todos os desenhos à mão, era difícil explicar como realmente ficaria um cômodo depois de uma intervenção”, lembra Eunice.
Hoje, um projeto de decoração pode ser simulado no computador, e o cliente tem uma ideia real do espaço que deseja decorar. Geralmente, ele chega à loja acompanhado de um arquiteto, que leva as medidas dos cômodos para o projetista. Há ainda a possibilidade de os consultores da loja irem até a casa do cliente para conhecer o espaço e realizar um levantamento de suas necessidades. O serviço não tem custo e vem fazendo grande sucesso.
“Já tive cliente que instalou em seu computador o mesmo programa de simulação que uso. Acaba virando uma diversão, tem gente que se distrai mudando as cores das paredes”, conta.
No entanto, a consultora de vendas esclarece que fazer uma projeção em 3-D não é como “brincar de casinha”. Trata-se de uma ferramenta que facilita escolhas. Outra loja que usa a tecnologia é a Portobello. Seus vendedores têm formação técnica em design de interiores e também fazem a projeções em 3-D gratuitamente. De acordo com a consultora Daniella Brandão, o hit do momento é uma simulação de peças de cerâmica na tela do computador.
“É bem mais fácil fechar uma venda usando esse programa. O cliente sabe que o banheiro, por exemplo, ficará bonito depois de uma obra porque consegue visualizar o resultado na loja”, diz Daniella.