Design
Do material ao formato, um guia para você escolher a bancada da cozinha
Bancada em granito amarula escovado. Projeto de Marina Stockler e Carolina Posanske. Foto: Reprodução/Marcelo Stammer
Com as cozinhas integradas às áreas sociais, todos os elementos que a compõe são importantes e precisam ser pensados e escolhidos com cuidado. E toda a cozinha gourmet tem uma bancada, que precisa, além de compor o projeto com os demais itens, ser funcional, fácil de manter e prática para o dia a dia.
A bancada de uma cozinha deve ser, primeiramente, resistente ao calor, frio, riscos, água e químicos, pois ela será exposta à estas condições diariamente. Além disso, cada material requer um tipo de cuidado específico, e nenhum deles tira do morador a responsabilidade de fazer a manutenção. Caso contrário, a bancada pode ser fonte de grande estresse e perda de dinheiro.
Como escolher o material?
A arquiteta Mariana Stockler comenta que a escolha do material para a bancada varia de acordo com o estilo de vida de cada um. Se a cozinha é usada regularmente e é dividida entre várias pessoas, ela deve priorizar a praticidade e durabilidade do material. Se o projeto for para uma cozinha gourmet, pouco usada e administrada com cuidado, materiais de manutenção um pouco mais complexa, mas às vezes mais atraentes do ponto de vista de acabamento, podem ser usados.
Para quem procura praticidade a dica é apostar nas pedras naturais. Mas cuidado: a arquiteta afirma que o mármore não é uma boa escolha, pois é muito poroso e mancha com facilidade. O granito ou o quartzito são os mais indicados: são pouco porosos, aguentam qualquer temperatura e são resistentes à água e riscos.
Outra opção bastante procurada é o Silestone, um material composto de partículas de pedra natural e resina. Ele traz quase todos os benefícios que as pedras naturais, mas com uma vantagem: uma grande variedade de cores. O granito, por exemplo, normalmente é encontrado em tons escuros, com o marrom ou o preto, e possui aquele padrão característico do material.
Já o Silestone está disponível em tons claros, até no branco, e pode ter cor totalmente sólida. A desvantagem fica na sua resistência à temperatura – ao entrar em contato com temperaturas muito altas ou muito baixas, corre um risco maior de manchar, de acordo com a arquiteta. Entre as indicações da profissional, o granito é o mais barato, enquanto o quartzito e o silestone ocupam uma faixa de preço maior.
Praticidade x Beleza
Para uma cozinha gourmet a madeira, o vidro ou o nanoglass podem ser boas opções. Os três requerem muito cuidado, principalmente a madeira. O vidro e o nanoglass são resistentes à temperatura e água, mas riscam e mancham com facilidade. A madeira é um material delicado, pois não resiste à água, temperatura nem riscos, mas encontra um bom argumento no resultado estético, dependendo da proposta de projeto.
Azulejos e pastilhas podem ser considerados, porém Mariana faz uma ressalva quanto à manutenção do rejunte. Uma outra opção, que ganha no quesito facilidade de limpeza é o inox.
Mariana pontua que o material deve ser escolhido de acordo com a necessidade daquela cozinha. Também devem ser levados em conta quais eletrodomésticos farão parte do layout e quais tonalidades ficam harmônicas com o restante do projeto. Por fim, a arquiteta afirma que as áreas de limpeza e preparo de alimentos devem estar bem separadas para facilitar o dia a dia na cozinha.