Design
Banquinho clássico do design escandinavo ganha releituras paranaenses
Banquinho clássico do design finlandês, o Stool 60 foi criado por Alvar Aalto e agora ganha releituras por grandes nomes do design, da arte e da arquitetura. Foto: Artek/Divulgação
Gosta de design? Então você não pode deixar de passar no Shopping Pátio Batel nesta terça-feira (25) a partir das 19 horas, quando acontece a exposição Um Olhar sobre o Design Brasileiro Contemporâneo, de 10 releituras exclusivas do banquinho Stool 60, um ícone do design escandinavo de 1933, por grandes nomes paranaenses da arte, design e arquitetura. As peças ficaram em exposição no Lounge L2 do shopping até próximo dia 9 de maio.
O evento é uma parceria da Escola Israelita Brasileira Salomão Guelmann com a Inove Design, loja referência em design na cidade, que fez a curadoria dos 10 nomes das artes que emprestam seu olhar ao banquinho icônico. Para saber mais sobre as outras mostras simultâneas, clique aqui.
Assinam as releituras exclusivas: Priscilla Mueller, Jorge Elmor, Manoel Coelho, Daniel Katz, Marcelo Paciornik, Ale Mazzarolo, Aline Roman, Gio Soifer, André Mendes e Maya Weishof. Os exemplares customizados poderão ser arrematados em leilão virtual por este site, do dia 25 de abril a 9 de maio.
As novas peças ainda não podem ter suas fotos exibidas ao público, mas o conceito de cada uma já foi divulgado.
Jorge Elmor – Essência Tropical
“A exuberância dos trópicos encontra reflexo em suas madeiras de tons avermelhados pinceladas por veios dourados, consonantes com a massiva quantidade de metais preciosos incrustados em toda a superfície do país, e estabelecem o contraponto perfeito no estabelecimento da presença nacional na reconstrução de uma peça etérea e de personalidade essencialista”, explica Jorge.
Ale Mazzarolo – Sol
A energia dos raios solares foram a inspiração para a criação de Ale Mazzarolo: “Em tempos difíceis nada como o brilho do sol para trazer um sopro de otimismo, cor e luz, e, para customizar a icônica Stool 60, inspirei-me em um lindo dia de céu azul e ensolarado”, conta.
Aline Roman – Coroa de Flores
A natureza foi sua grande inspiração. A coroa em folhas de bronze reverencia o design de Alvar Aalto e vai de encontro com as formas orgânicas e fluidas da natureza. “A estética aplicada de forma plena e real deve ser ovacionada e coroada, é uma joia, que ainda é única e preciosa”, diz Aline.
Priscilla Muller – Luz
Para Priscilla a luz é a grande protagonista de sua criação: “Quando 1933 chega em 2017, surge uma ideia, uma inspiração e uma intenção. A luz, matéria essencial, elemento estruturador e integrante da arquitetura”, explica.
Manoel Coelho – Origens
Uma referência ao mestre Alvar Aalto, Manoel Coelho buscou inspiração nas origens da famosa Stool 60, reverenciando sua base em sua recriação. “Já fui árvore” é uma homenagem ao arquiteto e sua obra, ambos referência de um design moderno e inovador.
Maya Weishof – Concreto
A ideia de Maya foi trabalhar com um elemento utilizado em sua pesquisa poética, e tentar ironizar a tentativa de compreender um mapa em concreto sobre um objeto feito pra sentar. “O concreto é um material com uma carga simbólica e física muito forte, ele edifica basicamente tudo o que entendemos por território. Dentro da minha produção o significo como um material que é matriz para a construção de limites de fronteiras quando penso o mapa como paisagem”, diz Weishof.
Marcelo Paciornik – Ready-Made
A proposta do artista plástico Marcelo Paciornik é fazer uma homenagem aos 100 anos do primeiro ready-made feito por Marcel Duchamp. “A obra conhecida como ‘Roda de Bicicleta’ é apresentada agora em uma versão off road, enfatizando ainda mais o paradoxo da imobilidade contido na obra original”, explica Paciornik.
Gio Soifer – Movimento
A proposta da artista Gio Soifer de inserir rodas ao desenho original da banqueta é criar não só um possível movimento deste corpo que suporta e é apoio para outro corpo, mas também de pensar na dinâmica do próprio ato de “customizar” um design já consagrado. “O processo é evidenciado quando ilustro no próprio tampo da banqueta o manual original, somado ao desenho das rodas anexadas”, conta Gio.
Daniel Katz – Lembranças de infância
Quando recebeu o convite, Daniel logo pensou em seu tempo de escola: “Minha criação faz referência a um universo lúdico, de histórias de infância. Como preferi preservar o desenho original da peça, toda a interferência se dá pelo lado de dentro, representando a emoção, enquanto o lado externo, intacto, representa a razão”, diz ele.
André Mendes – A beleza das imperfeições
A partir de um objeto que faz parte da história do design, André Mendes buscou criar uma nova roupagem para a peça de Al: “Reconhecido pelo seu equilíbrio estético, simplicidade e desenho impecável, proponho uma nova pele, forma e significado. Retirando toda camada de pintura industrial vemos a madeira, seus veios e imperfeições. Rompendo com suas características industriais, revelando sua alma, fomentando o diálogo entre o design e a arte”, explica.