Design
8 tendências de iluminação para investir na sua casa
Ambientação da Vitra para Euroluce. Fotos: Divulgação | Photography Eduardo Perez, Gotenstr. 5-7, D-65929 Frankfurt a.M.
O Salão do Móvel de Milão deste ano conclama por casas mais aconchegantes em uma escala bem humana. O tempo dos espaços monumentais ficou para trás. E a iluminação acompanha essa cruzada, como acena a mostra Euroluce, dedicada às novidades da área, que acontece a cada dois anos durante a maior e mais importante design week do planeta.
A iluminação se torna cada vez mais cenográfica, inspiradora, digital e customizável. As luminárias deixam de ser apenas peças, desmaterializam-se e tornam-se soluções para resolver problemas pontuais em ambientes. Exploram o jogo de luz e sombras em objetos simples, porém esculturais, e oferecem um blend de estilos, mixando linguagens aparentemente antagônicas. Em 2017 oito tendências de iluminação despertam todos os olhares. Confira a seguir!
Inspirado na natureza
A natureza é a musa inspiradora deste ano na Euroluce. Ela aparece não só na escolha de alguns materiais, como também em pedras naturais, laminados e madeira, passando principalmente pela escolha das formas. É luminária em formato de gota ou de árvore, em dupla hélice como o DNA, imitando folhas de vegetais, orelhas de fungo, dunas, nuvens ou basalto, em linhas sinuosas equilibradas ou em um emaranhado de material.
Para instigar as emoções
A iluminação cenográfica se faz cada vez mais presente. Esse tipo de sistema direcionado destaca determinados objetos e consegue conferir ao ambiente um ar de cenário quase teatral. Encanta os designers, decoradores e arquitetos porque dá conta de servir a dois pontos fundamentais da funcionalidade: responde eficientemente à necessidade de iluminar e de emocionar.
Ajuda a definir como o espaço será interpretado e a instigar sensações: mais ou menos positivas, mais ou menos relaxantes, podendo ser mais difusa ou mais direcionada. O tom intimista e responsivo aparece de acordo com a vocação das atividades de cada espaço: para iluminar uma mesa de jantar, um cantinho de leitura ou a mesa do home office. Dessa forma, reafirmam-se como protagonistas da decoração, assumindo com força papéis esculturais e lúdicos.
Urbano
O estilo urbano é o queridinho da vez. A escolha das grandes marcas na Euroluce parece bem natural. Afinal, essa linguagem consegue honrar nossa vocação de seres das metrópoles, abarcar as diferentes tecnologias que aparecem diariamente e abraçar simultaneamente tudo o que há de tradicional. Desse blend, surgem peças encantadoras, geométricas ou orgânicas, inclusive com um quê de futuristas, tentando antecipar o amanhã da iluminação e de nossas casas.
Você também assina a peça
As marcas apostam forte no lúdico e permitem uma customização funcional por parte dos usuários, em que cada um de nós termina o trabalho dos designers e decide o formato final do produto, o que acaba por nos transformar em co-criadores das peças. Para Foscarini, por exemplo, os Irmãos Campana criaram a peça Magia, feita de silicone e aço, que é bastante flexível, pode ser movimentada e assumir o formato que o usuário bem desejar.
Outro bom exemplo: Theo Möller criou para Ingo Maurer uma luminária horizontal que vem coberta por uma camada de plástico. Para funcionar e antes de instalar a peça, a pessoa precisa encher o produto com ar, como uma bexiga ou uma boia, decidindo o formato final do produto, que depende da quantidade de ar injetada.
Releituras de peças tradicionais
Algumas criações na Euroluce prestam homenagem a itens tradicionais da iluminação, especialmente orientais, como lampiões, lanternas e postes públicos. São releituras super contemporâneas que se utilizam de cordas e madeiras curvadas, que imitam focos de luz tão simples quanto o brilho de uma vela, e levam-na até outro patamar com uma cobertura especial de vidro que intensifica a chama virtual.
Flerte com o retrô
Parte da Euroluce parece ter retornado às décadas de 1960 e 1970, com diversas peças simples de inspiração retrô, principalmente no caso das luminárias de chão. Não tanto pelos acabamentos metalizados ou detalhes art déco, e sim mais pelas formas arredondadas típicas do mid-century.
Minimalista
O minimalismo, que um dia foi sinônimo máximo de boa iluminação contemporânea, começa a ficar um pouco para trás. O estilo, que sempre terá seu lugar no panteão da decoração, aparece com elegância em formas lineares e circulares, em acabamentos brancos ou pretos, bem sóbrio, mas cada vez menos puro.
Materiais tradicionais explorados de um novo jeito
As luminárias perdem aquela identidade estereotipada e ganham um caráter escultural (ligadas ou desligadas) em grande parte graças à experimentação. A madeira, que ainda é pouco usada no setor de iluminação, aparece com força de diferentes formas. O alumínio é retrabalhado, sai um pouco da linguagem industrial e ganha ares artesanais. O vidro é reinventado a cada processo tradicional de fabricação, que é incrementado ou repensado.