Queridinha entre arquitetos e designers, a Vitra finalmente chegou a Curitiba. Os móveis da badalada marca suíça começaram a ser vendidas no mês passado pela Inove Galeria, no Batel. Mas as novidades da empresa não param por aí. A diretora da Vitra no Brasil, Lucia Susuki, conversou com a reportagem da Viver Bem Casa & Decoração sobre os planos da grife de móveis para o país com a inauguração da fábrica brasileira no segundo semestre.
Qual é a trajetória da marca? Como tudo começou?
A Vitra começou na década de 1970. Tudo teve início quando a família Fehlbaum, fundadora da Vitra, foi passar as férias em Nova York. Durante um dos passeios, o táxi parou em frente a uma loja Herman Miller e, na vitrine, estava a cadeira Plywood, desenhada pelo casal Charles e Ray Eames. Willi Fehlbaum se apaixonou pela cadeira e resolveu que fabricaria o mobiliário dos designers norte-americanos na Europa, pois não existia nada parecido lá até então. Com o tempo, a empresa foi desenvolvendo produtos próprios. E o primeiro foi a cadeira Panton (criada em 1967 pelo dinamarquês Verner Panton).
Há quanto tempo a empresa está no Brasil?
A Vitra tem trabalhado com distribuidores e representantes há aproximadamente 17 anos. E, há mais ou menos três anos, iniciamos um plano estratégico para ganhar novos mercados. Nós abrimos um escritório e um showroom oficial em fevereiro em São Paulo. O próximo passo é inaugurar nossa fábrica brasileira, que está localizada na capital paulista.
Qual o futuro da marca no país?
A unidade brasileira da Vitra dará agilidade nas entregas e poderá reduzir de 30% a 50% o preço final das peças. Além disso, a fábrica será referência, um centro de distribuição na América Latina. Vamos exportar para os países vizinhos e a empresa pretende crescer muito no país e também no Chile e na Argentina.
A marca trabalha só com designers estrangeiros?
Ela trabalha com os melhores designers, independente mente da nacionalidade. A marca chegou a conversar com os Irmãos Campana, mas as negociações não avançaram. Também procuramos Oscar Niemeyer (1907-2012). Talvez até algumas peças do arquiteto sejam fabricadas futuramente.