A escolha das cortinas pode passar despercebida para muita gente. Entretanto, saiba que elas são a “cereja do bolo” na composição de um ambiente confortável e elegante. Com a cortina certa, é possível imprimir elegância, modernidade, aconchego ou ares clássicos ao seu espaço, de maneira simples e eficiente.

Além disso, elas também ajudam a garantir mais privacidade, proteger os móveis da exposição excessiva ao sol e permitir que você possa tirar uma boa soneca, independentemente da hora do dia.

Para te ajudar a escolher a cortina ideal para o seu espaço, conversamos com a arquiteta Giselle Macedo e a designer de interiores Patrícia Covolo, que dão dicas de modelos e materiais. Confira!

As cortinas de correr feitas em tecido são a escolha mais comum, e não é à toa. Este tipo de peça carrega um ar atemporal e é perfeito para entregar suavidade ao espaço.

Para saber se a cortina é boa, é preciso, em primeiro lugar, prestar atenção no caimento. Sua qualidade depende muito da escolha de um bom tecido.

Para as profissionais do escritório Macedo e Covolo, a gaze de linho sintético é uma das opções mais interessantes de tecido para este tipo de cortina, porque apresenta qualidade e ótimo custo-benefício.

Você sabia que os raios UV impactam diretamente na integridade dos seus móveis? Isto porque, com o tempo, o material acaba danificado pela exposição constante ao calor e à luz solar.

Livros, eletrodomésticos e alimentos também podem sofrer danos se receberem muita luz. Por isso, se a sua casa tem altos níveis de incidência solar, não deixe de investir em cortinas próprias para este cenário.

Para aliviar o calor de um ambiente, sem bloquear a luminosidade por completo, as cortinas de persianas sintéticas e tela solar são a melhor escolha. Este material consegue reduzir até 95% da luz solar no ambiente, o que também impede que o calor fique excessivo. Essas cortinas são ideais para a sala de estar e os dormitórios.

Falando em quartos, caso você seja daquelas pessoas que não conseguem dormir a não ser que o ambiente esteja completamente escuro, as cortinas blackout devem entrar na sua lista de compras.

Este tipo de material bloqueia completamente a luz solar, garantindo o ambiente perfeito para colocar o sono em dia ou trazer um clima de cinema na hora de assistir a um filme no dormitório.

Em termos estéticos, as cortinas garantem uma sensação de preenchimento ao ambiente, algo que pode ser potencializado com o uso adequado das cores. Afinal, elas têm um impacto enorme na sensação que o espaço proporciona.

Cômodos com cortinas em tons claros e azuis, por exemplo, oferecem a sensação de maior relaxamento. Já o uso de tons vermelhos e alaranjados instiga mais energia e motivação.

Se você tem uma parede branca, aposte em um tom neutro para a cortina. Se tem uma parede bege, cores como off white, branco e o próprio bege caem bem.

Em uma parede cinza, cortinas de tons cinza claro, off white ou branco garantem mais elegância e seriedade para a composição final do espaço.

Para garantir que a sua cortina não quebre a lógica das cores usadas nas suas paredes, a dica é apostar sempre em tons neutros e claros. As profissionais Giselle Macedo e Patrícia Covolo explicam que, dessa forma, fica mais fácil garantir o dinamismo do cômodo.

“Ao escolher tons neutros, mesmo que você mude a cor da parede ou da decoração, a cortina não precisará ser trocada”, afirmam.

As cortinas garantem beleza e funcionalidade para todos os ambientes da casa, com exceção do banheiro. Isto porque a grande umidade do cômodo acaba comprometendo a durabilidade das cortinas.

Na cozinha, uma opção menos convencional de material que pode fazer toda a diferença são as cortinas de alumínio. O material é naturalmente resistente, o que garante mais durabilidade para o item.

Além disso, a manutenção destas cortinas é supersimples, perfeita na hora de limpar sujeiras de gordura, o que acaba acontecendo por causa do preparo de alimentos.

Em escritórios, as cortinas de madeira e do tipo rolo são bastante interessantes. A primeira se destaca pelo manuseio prático e pela facilidade que oferece na hora da limpeza. Já as cortinas de rolo são ótimas para garantir a proteção solar, ideais para quem quer evitar a exposição da luz na tela do computador, por exemplo. Além disso, quando recolhidas, essas cortinas ficam discretas e sem a aparência de volume.

Para salas e dormitórios, a dica das especialistas Giselle Macedo e Patrícia Covolo são as cortinas romanas, pelo charme e aconchego que proporcionam aos espaços.

Este tipo de cortina pode fazer uso tanto de tecidos naturais quanto sintéticos, desde que estes sejam mais encorpados. A cortina romana é feita a partir de lâminas horizontais que são constituídas no formato de ‘gomos’.

Nos quartos, a escolha de cortinas com tecidos mais leves também é uma boa pedida. Isto porque são eficientes na hora de garantir a privacidade do espaço, sem, necessariamente, bloquear a entrada de luz natural no ambiente.

Se você quiser, pode ainda fazer um combo entre a cortina blackout e outra de tecido leve para controlar a luz e o calor com mais facilidade.

Na hora de pensar em qual é o tipo de cortina mais acessível, é importante ter em mente que o custo das peças está diretamente ligado à mão de obra e ao tipo de tecido utilizado.

Na opinião da dupla de profissionais, o nível de conhecimento técnico empregado em qualquer projeto de decoração é indispensável.

“Fazemos questão de trabalhar com mão de obra especializada. Hoje, o mercado oferece cortinas com tecidos e materiais mais em conta, para quem tem um orçamento menor, mas não abre mão da qualidade”, destacam.

Cortinas de veludo e seda dão um tom mais sofisticado ao ambiente, mas costumam ser mais caras do que outras opções no mercado.

A gaze de linho e o algodão, por outro lado, são opções de tecidos igualmente elegantes, mas com um preço mais barato. Vale a pena analisar o ambiente e conversar com um profissional para entender qual cortina é a mais indicada em cada situação.

A dica final é pensar em que tipo de sensação você quer trazer para o seu espaço. Afinal, decoração de interiores é, sobretudo, a criação de ambientes que sejam funcionais, mas que também falem sobre quem você é.