Decoração

Uma pitada de regionalismo

Jennifer Koppe
15/05/2006 00:10
jenniferk@gazetadopovo.com.br
O compositor Nei Lopes certa vez escreveu que “quem nasceu roupa de chita, não chega a lingerie”. Sem dúvida, essa afirmação está para lá de ultrapassada. Hoje em dia, a chita faz parte da coleção de estilistas famosos como Amir Slama e Reinaldo Lourenço.
Apesar de simples (feita de algodão), a chita é dramática e marcante. Invadiu as passarelas, se tornou objeto de inspiração de duas exposições de arte e é tema do livro Que Chita Bacana, de Maria Emília Kubrusly.
Os designers de interiores também redescobriram o tecido, usado para decorar varandas, salas, lojas, espaços de arte e restaurantes. “A chita alegra qualquer ambiente, tem tudo a ver com o clima brasileiro”, explica a designer Vanessa Gomes.
Mas por causar um efeito visual tão forte e vibrante, é preciso tomar alguns cuidados. O melhor é usar a chita com materiais naturais como madeira, juta e palha. Por ser um tecido pouco resistente, também é preciso cuidar ao manuseá-lo. “Não deve ser usado para cobrir estofados grandes como sofás, pois além de ficar exagerado, pode rasgar facilmente”, explica a também designer e engenheira Priscila Talamini. É recomendável lavar o tecido antes de cobrir qualquer superfície, pois ele tende a escolher. Outra dica é deixá-lo de molho na água salgada para evitar que as cores desbotem.
Serviço: Priscilla Talamini e Vanessa Gomes – Projeto e Execução Civil e Design de Interiores, fone (41) 3252-0829.