Decoração

Show house

Larissa Jedyn e Maria Carolina Caiafa, especial para a Gazeta do Povo
02/06/2011 03:59
Thumbnail
Dezoito anos se passaram e chegou a hora de… voltar para casa. Isso mesmo. Depois de se dedicar nas três últimas edições a recuperar o patrimônio histórico de Curitiba, a Casa Cor Paraná retomou sua vocação inicial e, em plena maioridade, instalou-se de mala, cuia e um exército de decoradores, arquitetos, operários e afins em uma residência. A escolhida foi uma charmosa representante das construções dos anos 80 projetada pelo arquiteto curitibano Tito Livio Calderari, com seus tijolos à vista, muita madeira, pé direito alto, janelões imensos e uma área verde invejável – metade dos 20 mil m² do terreno são de mata nativa, uma reserva ecológica em pleno perímetro urbano.
Apesar do retorno às origens, Marina Nessi, diretora da Casa Cor Paraná, faz questão de reforçar que a ação é completamente distinta daquela realizada em 1994 quando começou o projeto na capital paranaense. “O que nos diferencia daquele ponto inicial é justamente a transformação que houve no mercado por conta da Casa Cor. O evento afinou o olhar das pessoas para a decoração, criou um público consumidor para serviços e produtos desta área e, sobretudo, ajudou a formar profissionais e torná-los cada vez mais disputados por este mercado”, comenta ela, que destaca ainda a melhora na prestação dos serviços e na qualidade dos produtos – criando uma equivalência entre a produção local e a de outros mercados, até mesmo estrangeiros.
Junto disso, houve também uma mudança comportamental que levou as pessoas para dentro de suas casas. “O estilo de vida mudou e as pessoas passaram a encarar a casa como refúgio de bem-estar, lugar para receber amigos, para trabalhar, para se divertir. E juntar tudo isso com estilo, preservando a identidade dos moradores e encontrando saídas para suas necessidades básicas, é mais uma tarefa para arquitetos e decoradores”, diz.
Nesta edição, os expositores trabalharam de modo a tornar a casa mais confortável e funcional para quem mora. Por causa disso, houve tanto um predomínio de madeiras (muitas reaproveitadas ou de reflorestamento), tecidos e materiais agradáveis ao toque, que ajudam a aquecer o ambiente, quanto da tecnologia, que apareceu nas automatizações de funcionamento de luz, temperatura e som. A tecnologia também ajudou na elaboração de alguns efeitos, como é o caso das plotagens e impressões em vidro e acrílico – que permitem estampar paredes e superfícies inteiras com sua foto preferida – ou de revestimentos plásticos, atóxicos e de fácil instalação que imitam pedra ou madeira.
Salão Nobre de Jantar