Decoração

O dia certo para montar a árvore de Natal em 2018

Stephanie D'Ornelas*
26/09/2018 17:04
Thumbnail

O dia ideal para montar a árvore neste ano, seguindo a tradição cristã, é em 3 de dezembro. Foto: Vasile Cotovanu/Reprodução/Flickr

Pisca-piscas, presépios, guirlandas e, é claro, a árvore de Natal. Quando o fim do ano se aproxima, muitas famílias começam a pensar nos símbolos e adornos que irão usar para decorar suas residências ou estabelecimentos comerciais para a data. Mas você sabia que há um dia apropriado para começar a enfeitar a casa? De acordo com a tradição cristã é durante o primeiro domingo do Advento – o quarto domingo antes do aniversário de Cristo, em 25 de dezembro. Em 2018, a data cai no dia 2 de dezembro.
Foto: Reprodução/Pinterest
Foto: Reprodução/Pinterest
O padre José Airton de Oliveira, pároco da Paróquia São Martinho de Lima, no bairro Cajuru, em Curitiba, explica que o ideal é ir preparando a casa de maneira gradual até o dia 24 de dezembro. “No início do Advento as pessoas começam a enfeitar a casa e a decorar a árvore, aumentando a decoração até o Natal. Isso deixa claro o sentido de que estamos nos aproximando de uma grande festa. O presépio também deve ser montado aos poucos. O Menino Jesus é colocado apenas na noite de Natal”, esclarece o pároco.
Na tradição católica, o presépio só é montado no terceiro domingo do advento - que em 2019 cai no dia 15 de dezembro. Foto: Arquivo/Gazeta do Povo
Na tradição católica, o presépio só é montado no terceiro domingo do advento - que em 2019 cai no dia 15 de dezembro. Foto: Arquivo/Gazeta do Povo
O Dia de Reis, comemorado em 6 de janeiro, representa o encontro dos Reis Magos com Jesus. Também é só neste dia que os reis do presépio devem chegar ao seu destino, de acordo com Oliveira. “Os Reis devem ser colocados lá atrás no início do Advento, e vão caminhando até janeiro”, elucida. A data encerra os festejos natalinos e, por isso, é o melhor dia para desmontar a árvore e guardar os enfeites.

Por trás da decoração

As luzes dos pisca-piscas que embelezam a cidade no período natalino têm um importante sentido para os cristãos. “Ela representa a própria luz, que é Jesus”, diz o padre. Os pinheiros de Natal, por sua vez, representam a vida. “Em encenações de civilizações antigas antes do Natal, era comum associar a árvore a Cristo, que trouxe a vida. Colocavam frutos, pedacinhos de pão para enfeitar, e a criatividade foi para dentro das casas”, explica o coordenador do curso de Teologia da PUCPR, Cesar Leandro Ribeiro.
O teólogo destaca ainda que a data de celebração do nascimento de Jesus é simbólica, e explica a consolidação do 25 de dezembro. “A origem de tudo está em uma antiga festa pagã, de muitos séculos antes de Cristo, que era relacionada ao sol. Era uma celebração difundida em vários povos e culturas, e coincidia com o solstício de inverno (no hemisfério norte), quando tínhamos a noite mais longa do ano. A partir daquela noite o sol voltaria a brilhar por mais tempo”, explana. Quando o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, a partir do século IV, a festa ao sol foi substituída pela celebração natalina.
*Especial para a Gazeta do Povo

LEIA TAMBÉM