Decoração

Portas abertas para um mundo de imaginação

Flávia Schiochet, especial para a Gazeta do Povo
04/10/2012 03:12
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O quarto é o primeiro espaço só da criança. Mesmo com uma área pequena, torna-se um verdadeiro mundo de fantasia, não importando que elementos físicos estejam presentes – a imaginação trata de decorar o resto. O que os adultos enxergam, no entanto, é apenas uma parte do que “existe” em um dormitório infantil.
Assim, arquitetos e decoradores sempre têm a missão de tentar combinar esse universo lúdico da criança com a segurança e conforto que os pais desejam. Projetos com marcenaria planejada, quinas arredondadas e móveis proporcionais à altura são apenas algumas características que precisam ser levadas em consideração, como mostram os projetos que a Viver Bem Casa & Decoração selecionou. E precisam também ter espaço para brincar, estudar e receber amigos.
Enquanto os pequenos preferem um quarto repleto de brinquedos e aventuras imaginárias, as crianças mais velhas optam por um ambiente mais clean, com toques sutis de personalidade, o que possibilita vida mais longa à decoração do cômodo. Para ajudar na hora de trocar essa decoração infantil por outra mais “madura”, a arquiteta Karine Poland aconselha aos pais investirem em móveis que “cresçam” com as crianças e que criem a atmosfera lúdica a partir de elementos que possam ser removidos no futuro, como adesivos, quadros e brinquedos. “Os móveis podem ter cores mais neutras e altura regulável. Assim, há economia de tempo e de dinheiro”, diz a arquiteta.
Ao escolher materiais e móveis para um quarto infantil, outros cuidados são essenciais. As peças escolhidas precisam ser práticas para limpar e lavar. Não podem oferecer perigo de lesão ou acidentes para a criança, como vidros e quinas pontiagudas. Além disso, é preciso avaliar o uso de tapetes e móveis com rodas, que podem fazer a criança escorregar e cair.
Tudo guardado
As palavras “bagunça” e “brinquedos” são quase sinônimos em alguns dormitórios e não há remédio para isso a não ser ensinar as crianças a guardar tudo depois da brincadeira. Assim, organizar os brinquedos em nichos, gavetas, caixas organizadoras e baús é uma forma de facilitar a associação de cada objeto com um lugar, o que ajuda a manter o local organizado. Arquitetos e decoradores recomendam, inclusive, que esses itens estejam sempre presentes em projetos de quartos infantis.
Quanto às cores usadas na decoração, segundo a arquiteta Karen Godoy, em excesso, elas podem causar o oposto do esperado para o cômodo. Ao invés de ser um ambiente para a criança relaxar e dormir, passa a ser, em alguns casos, estressante. Por isso, a recomendação é que se use tons pastel na maior parte do ambiente e cores mais fortes e desenhos variados em meia parede, em detalhes ou em móveis.
E para quem não resiste em enfeitar o quarto com bichinhos de pelúcia, cortinas, tapetes e almofadas, um alerta: alguns desses itens são campeões no acúmulo de pó. De acordo com o pediatra Wilson Rocha Filho, do Departamento Científico de Alergia e Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, é importante que se escolha de materiais menos suscetíveis ao acúmulo de poeira e outros tipos de sujeira. Esse controle deve ser ainda mais severo se a criança for alérgica a ácaros, poeira ou fungos.

Quartos infantis