Decoração

Conheça e saiba como cuidar das plantas que rezam

Luan Galani
04/07/2019 11:00
Thumbnail

Diversas plantas dos gêneros Maranta e Calathea são consideradas rezadeiras, com cores e texturas únicas. Foto: Trama Paisagismo/Divulgação

Já ouviu falar das plantas que rezam? Também conhecidas como rezadeiras ou prayer plants, a maioria das espécies dos gêneros Maranta e Calathea recebem esse nome por uma razão muito simples. Elas se movimentam diariamente.
“Durante o dia elas estão bem abertas e armadinhas, e no finalzinho da tarde elas sobem as folhas”, explica para HAUS a jardineira Carol Costa, que apresenta o programa ‘A louca das plantas’ no GNT.
Esse movimento acaba por lembrar o gesto de juntar as palmas das mãos durante a oração ou meditação em diversas tradições religiosas, o que explica o nome popular desse tipo de planta.

Veja no time-lapse logo abaixo um registro do movimento da planta rezadeira:

Existe uma razão para esse movimento das folhas. Ao contrário da Dormideira (Mimosa pudica) ou da planta carnívora Vênus Papa Moscas (Dionaea muscipula), que são estimuladas pelo toque, as rezadeiras são sensíveis a luz, como esclarece o botânico Samuel de Melo Reis Gonçalves, do canal do YouTube ‘Um botânico no apartamento’.
Porém, como Gonçalves lembra para a reportagem, “não há consenso entre os cientistas quanto aos motivos da planta fazer esses movimentos, mas já se sabe que eles são controlados por pigmentos e por íons que favorecem a movimentação da água para dentro ou fora dos pulvinos [um tipo de engrossamento da haste da folha que facilita o movimento independente do crescimento], regulando a posição das folhas”.
Essas espécies nativas de regiões tropicais também são reconhecidas por seus desenhos e cores diferentes, que parecem pintadas à mão. “Algumas possuem linhas rosadas, manchas geométricas e até caminhos rendados muito exóticos”, frisa o botânico.
São muito fáceis de reconhecer, especialmente pela combinação de folhas com nervuras paralelas, que lembram as folhas de bananeira, dotadas de um engrossamento da haste da folha, entre outras características.
Agora a boa notícia: elas são superfáceis de cuidar. “Como são plantas de florestas tropicais, ficam sob as árvores. Ou seja, o ambiente ideal para elas é aquele onde há claridade, mas nunca o sol forte. Ou seja, são plantas de meia sombra“, aconselha Gonçalves.
A jardineira Gabriela Trama, do blog ‘Trama Paisagismo’, destaca em um de seus posts que elas gostam de solo leve e úmido, com regas regulares. “Se a umidade do ar for muito seca, borrifar água nas folhas contribui para a saúde da planta”, ensina.

LEIA TAMBÉM: