Tecnologia em materiais

Decoração

Pedra sinterizada: saiba o que é e as indicações de uso do acabamento

Sharon Abdalla
Sharon Abdalla
18/09/2020 19:43
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A tecnologia possibilita cada vez mais e melhores opções de revestimentos e acabamentos, sejam eles para pisos, paredes ou mobiliário. Entre os mais recentes, e que conquistam cada vez mais espaço nos projetos residenciais, estão as pedras sinterizadas, compostos de materiais naturais que têm na alta resistência e performance seus principais atrativos.
E você já deve ter ouvido falar delas, mas provavelmente por outras nomenclaturas. Isso porque as chapas, como são comercializadas, costumam ser apresentadas ao mercado pelos seus nomes comerciais: Dekton, Neolith, Lapitec e Atlas Plan estão entre eles.
Pedra sinterizada aparece com diferentes usos no projeto da cozinha. Foto: Atlas Plan/NPK Mármores/Divulgação
Pedra sinterizada aparece com diferentes usos no projeto da cozinha. Foto: Atlas Plan/NPK Mármores/Divulgação
"A sinterização é o processo industrial. As indústrias chamam assim o resultado do processo de compactação do pó de matérias-primas naturais, como feldspato, quartzo, caulim, argila, cuja mistura é submetida a elevadas temperaturas [para a produção das chapas]", explica Debora Merhy, diretora comercial da NPK.

Características

Diferente das pedras naturais, as pedras sinterizadas não são porosas, o que faz com que sejam resistentes a manchas - devido à absorção de líquidos praticamente nula. Essa característica também as torna de fácil limpeza, bastando uma esponja macia ou pano úmido e detergente neutro para a higienização das superfícies.
Mas é sua resistências às altas temperaturas o que mais atrai a atenção para elas no desenvolvimento de projetos. "Elas são muito resistentes ao calor e, também, à abrasão, o que faz com que sejam ideais para usar principalmente em bancadas de cozinhas [e áreas gourmets], onde há mais chance de contato [da superfície] com panelas quentes e utensílios cortantes, que podem riscar a bancada. Elas também resistem aos raios UVs, o que faz com que possam ser utilizadas em ambientes externos", aponta a arquiteta Lisa Zimmerlin, à frente da Unic Arquitetura juntamente com Carolina Danylczuk.
A resistência a altas temperaturas é o grande diferencial do material. Foto: Atlas Plan/NPK Mármores/Divulgação
A resistência a altas temperaturas é o grande diferencial do material. Foto: Atlas Plan/NPK Mármores/Divulgação
Em diferentes padrões de acabamento - polidas, mate, imitando pedras naturais, coloridas - as chapas também podem ser utilizadas para o revestimento de fachadas, piscinas e móveis, por exemplo, uma vez que sua espessura varia de 6 mm a 2 cm, em média. Seu alto valor no comparativo com outras opções de revestimentos (o metro quadrado passa dos R$ 1 mil, o que é mais que o dobro da metragem do quartzo, por exemplo) faz, no entanto, com que seu investimento seja direcionado para as áreas nas quais sua alta resistência é melhor aproveitada, como as que envolvem a manipulação de alimentos.
"O formato das chapas permite bancadas grandes, sem juntas. [Caso elas não sejam utilizadas integralmente], podemos otimizá-las utilizando as sobras em banheiros, blocos de lareira e até na confecção de bandejas, com sobras pequenas", sugere Lisa.

Tendências e inovações no uso da pedra sinterizada em projetos contemporâneos

A pedra sinterizada vem ganhando novas aplicações graças a avanços tecnológicos e às mudanças nas demandas de arquitetura e design. Em projetos contemporâneos, o material começa a ser utilizado não apenas como alternativa às pedras naturais, mas como protagonista em soluções inovadoras. Uma tendência crescente é o uso de chapas ultrafinas (entre 3 mm e 6 mm) em painéis decorativos, portas de armários, frentes de mobiliário e revestimentos internos que exigem acabamento leve, resistente e com alto impacto estético.
Outra inovação é a adoção da pedra sinterizada em sistemas ventilados de fachada, combinando eficiência energética com um acabamento premium. Além do mais, muitas marcas vêm investindo em tecnologias de produção que reduzem a emissão de CO₂, tornando o material uma opção mais sustentável que alternativas tradicionais.
Por fim, o crescimento dos projetos de cozinhas gourmet e espaços integrados impulsiona o desenvolvimento de chapas com maior resistência a cortes diretos e superfícies antibacterianas — características que tornam a pedra sinterizada especialmente desejada em ambientes de alto uso.

Por que a Archa é a Parceira Ideal para Projetos com Pedra Sinterizada

A Archa reúne expertise técnica e visão arquitetônica para transformar a pedra sinterizada em soluções estéticas, funcionais e duradouras. Nosso time acompanha cada etapa do processo — da escolha do material ao detalhamento executivo — garantindo que o revestimento seja aplicado com precisão, desempenho máximo e alinhamento total ao conceito do projeto.
Além do mais, trabalhamos com fornecedores certificados, especificações atualizadas e recomendações de uso baseadas nas tendências mais recentes do mercado. Isso permite criar ambientes sofisticados, seguros e de alta performance, seja em cozinhas profissionais, áreas externas, mobiliários sob medida ou superfícies contínuas de grande formato.
Com a Archa, cada projeto ganha orientação especializada e cuidado técnico para que a pedra sinterizada entregue todo o seu potencial estético e funcional.

BAB: a nova vitrine da arquitetura brasileira


Descobriu tudo sobre a pedra sinterizada no conteúdo da Haus? A Bienal de Arquitetura Brasileira — BAB — surge como um marco no cenário nacional, com o ambicioso objetivo de tornar a arquitetura mais acessível e próxima à vida cotidiana. Organizado pela Archa, o evento vai ocupar o Parque Ibirapuera, em São Paulo, entre março e abril de 2026, oferecendo ao público uma experiência plural com casas modelo, pavilhões temáticos, instalações interativas, oficinas e espaços sensoriais.

Mais do que uma mostra de projetos, a BAB propõe um diálogo com a diversidade cultural, social e geográfica do Brasil — reunindo expressões arquitetônicas de todos os estados, por meio de um concurso nacional que selecionará residências de cerca de 100 m² para representar cada unidade federativa. Nesse sentido, a Bienal reafirma seu propósito de valorizar a produção local, democratizar o acesso à arquitetura e mostrar como o desenho dos espaços é parte fundamental da vida em sociedade