Se a casa for bem equipada e tiver ar-condicionado, não há tanta preocupação com umidade. As escolhas de móveis podem ser as mesmas da cidade. “Mas se é uma casa à beira-mar em que o uso é esporádico, o melhor mesmo é valorizar a ventilação para não se criar fungos e mofos. Por isso armários abertos estilo closet, araras e estantes abertas podem organizar tudo. Devemos evitar camas do estilo box e grandes estofados, porque tendem a reter a umidade e proliferar ácaros nesse ambiente específico”, ressalta o coordenador de tendências da Tok&Stok, Edson Coutinho.
Em relação aos tecidos, a preferência na praia é pelos 100% algodão. “Linhos, sarjas, lonas (aquela mesma de caminhão, mas aplicada para a decoração) e algodões rústicos são os ideais, porque têm um toque macio e são fáceis de manter, basta lavar – o que pode ser feito na máquina mesmo”, sugere o coordenador da loja Mantuanni Casa, em Curitiba, Daniel Pegorare. Os tecidos 100% algodão lisos da loja variam de R$ 60 a R$ 180 o metro linear. Já os bordados chegam a R$ 300 o metro. “Os tecidos naturais e as fibras, como sisal, são recomendados para tapetes de praia.”
O clima também interfere na escolha dos tecidos. “Veludos, camurças e cheniles são praticamente proibidos em ambientes à beira-mar por esquentarem mais ao contato com o usuário”, alerta Coutinho.
Para as áreas externas, a recomendação é por tecidos acrílicos, como os toile de tour (que têm geralmente estampas com temática camponesa) e os acquablocks, chamados de naúticos, com várias padronagens e cores. “São tecidos resistentes, impermeáveis, indicados para estofados, toalhas de varandas e piscinas”, indica a gerente de cortinas e vendedora da Daju, Maria Luiza Bueno Pinto. Qualquer modelo da Karsten, fabricante com a qual a Daju trabalha, custa a partir de R$33,90 o metro linear. Outras opções na Mantuanni vão de R$130 a R$400.
Porém, de nada adianta o tecido ser impermeável se a espuma e a costura não forem adequadas, deixando passar a umidade. “O preenchimento correto de almofadas com esses tecidos é com fibra de poliéster siliconada, cardada antimofo, que permite que a água escoe e que a durabilidade do produto seja maior”, indica o arquiteto e paisagista Benedito Abbud. A costura deve ser com fio de poliéster.
“Em cortinas opte pelas de tecido leve e trama aberta. A brisa é bem vinda para refrescar o ambiente e diminuir o consumo e energia com ar-condicionado. As persianas são boas soluções para desviar a insolação e permitir a passagem do ar, mas evite-as se são corriqueiros ventos muitos fortes. No caso da praia, opte pelas de PVC e alumínio”, sugere Coutinho.
Revestimento interno
Além da pintura e das texturas, algumas palhas e trançados de fibras usados para móveis ou mesmo algumas persianas de rolo com esses materiais podem ser usados como revestimento de parede interna. A dica é da proprietária da Goya Revestimentos para Interiores, de Curitiba, Sônia Holltz. “São materiais naturais que ficam lindos na casa de praia”. Esses revestimentos em palhinha (com vários desenhos e tonalidades), fabricados pela empresa paulista Torcetex, custam, em média, R$ 160 o metro com 1,40 metro de largura.
“Há as pastilhas de coco ou mesmo placas, estas fabricadas por um artesão daqui de Curitiba, que dão um efeito natural bonito”. As pastilhas custam R$ 390 o metro quadrado e as placas, de 38 por 58 centímetros, R$ 35 cada uma.
Papéis de parede, desde que do tipo vinílico, podem ser usados em paredes internas. “O papel de parede vinilíco é resistente à umidade, por isso se dá bem com ambientes como a praia.”
Serviço:
Aviz Materiais de Construção – Avenida Paranaguá, s/n, Balneário Riviera I, Matinhos.
Casa do Artesanato – Rodovia PR-407, Km 96, Paranaguá (caminho para Praia de Leste).
Daju Água Verde – Rua Brasílio Itiberê, 3.279.
Fazendo Arte – Rua Roque Vernalha, 100, Centro de Matinhos.
Goya Revestimentos para Interiores – Rua Dr. Carlos de Carvalho, 1.332, Batel.
Mantuanni Casa – Rua Dr. Carlos de Carvalho, 1.941, Batel.
Marítima – Rodovia PR-412, nº 1.629, Balneário Canoas, de Pontal do Paraná.
Saccaro Curitiba – Rua Dr. Carlos de Carvalho, 1024, Batel.