Mais do que cores e linhas bonitas, os móveis corporativos têm por obrigação a funcionalidade, ou seja, formas e recursos que permitam que o usuário tire o máximo proveito do mobiliário no ambiente de trabalho. O SaloneUfficio, mostra do segmento que acontece a cada dois anos no Salão Internacional do Móvel de Milão (Itália), com as principais marcas europeias do setor, é uma das principais vitrines para essas novidades. E a Gazeta do Povo esteve na edição deste ano para conferir de perto.
Embora para uma finalidade diferente, os móveis feitos para escritório apresentados no SaloneUfficio 2011 seguiram uma forte tendência das novidades residenciais: a linha natural. Cores claras ou mesmo próximas dos tons da natureza, formas orgânicas – aqui levadas ainda mais a sério quanto à ergonomia – e materiais resistentes. As peças possuem também pontos-chave para passar cabos e fixar desktops e deixá-los bem escondidos para manter o design clean do escritório.
A italiana Fantoni, referência na área, trouxe a coleção Quaranta5 como o grande destaque. De cores e formas leves, essa coleção foi apresentada pela marca como a continuação de um trabalho que começou em 1968, com as primeiras criações da empresa, em que a hierarquia deixou de ser o principal traço de um projeto corporativo. O minimalismo das peças da Fantoni exprime, segundo a marca, “uma visão única do escritório como um ambiente em que a ausência de aparência externa deixa espaço para mais ação”. As criações são livres de qualquer detalhe decorativo supérfluo. Quem dá a forma ao ambiente são as pessoas.
A nova coleção também traz a atualização de uma nova norma técnica europeia que entrará em vigor em breve e que muda as medidas tidas como ideais para os móveis de escritório, com mesas de 75 centímetros de altura e apenas 80 centímetros de profundidade, que obrigam o uso de monitores finos e computadores compactos. Na opinião da marca, essa nova norma reflete também uma mudança importante nos projetos corporativos europeus: incentiva ainda mais a socialização entre os colegas de trabalho – algo que as marcas brasileiras já vêm imprimindo há pelo menos dez anos em seu mobiliário.
A turca Nurus, uma das gratas surpresas do SaloneUfficio, e a italiana Galloti&Radice foram por um caminho um pouco diferente. Apostaram também no natural, com a madeira como principal matéria-prima, mas colocaram um pouco mais de identidade nas criações.
As novas estações de trabalho da Nurus Pitstop têm um conceito próprio e se destaca no meio do pé-direito alto que marca os andares dos prédios corporativos. Traz o aconchego da natureza e privacidade para reuniões de grupo ou mesmo com visitantes externos.
Outras criações da marca são feitas particularmente para divertir – ou mesmo distrair em um dia difícil de trabalho. É o caso das estantes Atlas, de Dominique David, de formas irregulares e base giratória, e da coleção Aziz Istanbul Series, com linhas futuristas.
Já a italiana Galloti&Radice buscou a mistura da madeira com o vidro e o metal para criar peças com identidade e harmoniosas.
