Decoração

Deixe o verde entrar

Larissa Jedyn
07/07/2011 03:28
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Você pode começar por um vaso e, nele, uma plantinha que não requer grandes cuidados. O passo seguinte pode ser uma composição de plantas de alturas e cores diferentes, para depois render-se à ideia de cultivar – dentro de casa – um jardim. Basta ter espaço, luz, ventilação, um pouco de água e amor para dar. Em troca, a vegetação oferece frescor para o ambiente – o que reduz o uso de ar-condicionado –, beleza e bem-estar. “Ter um ser vivo dentro de casa faz bem à alma. É terapêutico cuidar de uma planta, aguar, retirar as folhas secas. Ela sempre oferece uma recompensa a quem a trata bem”, diz Oscar Mueller, professor de paisagismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Para a paisagista Rosângela Sabbag, em qualquer lugar cabe um jardim. Por menor que seja. “Vale um vaso perto de um móvel, uma samambaia, uma orquídea. A planta é capaz de trazer um novo astral para a casa ou o escritório. Só vale lembrar que a partir do momento em que ela entra no ambiente, você se torna responsável por ela”, diz. Consultamos alguns especialistas em paisagismo para saber pequenos e grandes cuidados na hora de levar uma planta para dentro de casa.
Lugar certo
Não adianta escolher a planta primeiro e só depois ver se ela se adapta ao espaço que você tem. Conheça todas as dimensões, as entradas de luz e ar e, só então, parta para a compra. Para as paisagistas Cássia Dias e Vera Cortes, os vasos são o jeito mais fácil de ter uma planta em casa, já que podem ser movimentados e trocados. Eles podem também ser acondicionados em cachepôs.
As floreiras e os jardins internos, por sua vez, exigem impermeabilização e sistema de drenagem, geralmente embutido para não danificar paredes e revestimentos.
Entre os jardins internos, uma tendência são os verticais, feitos em painéis acoplados ou fixos às paredes, com sistema de drenagem. Muito usados fora do Brasil, hoje são adaptados às residências e em áreas como varandas e coberturas.
Banho de sol
As plantas, segundo a paisagista Wanda Coelho, professora do Cepdap, precisam sempre estar perto de uma fonte de luz – seja uma janela ou teto de vidro. Plantas floríferas, por exemplo, devem estar a no máximo um metro de distância da luz. Folhagens coloridas podem ficar a até um metro de distância da luz. E as de sombra e meia sombra a dois e três metros. Distâncias superiores a essas necessitam de fonte de luz artificial, para que a planta consiga fazer fotossíntese.
Só que sol demais também pode prejudicar a vegetação. Portanto, prefira luz indireta e,no caso dos vasos, gire-os a cada 15 dias em 180 graus, para que toda planta receba sol.
Matar a sede
Planta precisa de água, mas não gosta de ficar encharcada. Por isso, uma boa medida é molhar quando sentir o substrato (composto que substitui a terra em áreas internas) seco e parar quando começar a pingar no prato. Dá para borrifar as folhas.
Ar limpo
Não adianta deixar a vegetação num canto da casa. Nesses lugares, não há renovação do ar. O ideal é que tenha uma porta e uma janela por onde ele entre e saia. Fora isso, preste atenção se as folhas estão limpas. A poeira prejudica a respiração da planta e deve ser retirada com um pano úmido.
Pragas
As pragas mais comuns, segundo Patrícia Castellano, da Ecológica Paisagismo, são cochonilhas e pulgões. Para combatê-los, há produtos vendidos em casas especializadas. Ou faça em casa uma calda bordalesa, receita ecológica que você aprende em nosso site. Entre os sinais de algum problema com a planta estão escurecimento das folhas e morte dos brotos.
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Cássia Dias e Vera Cortes, Herbolarium Paisagismo, fone (41) 9604-1321. Wanda Coelho, Cepdap, fone (41) 3352-2254. Patrícia Castellano, Ecológica Paisagismo, fone (41) 3339-2454. Rosângela Sabbag, Toque Natural Paisagismo, fone (41) 3363-2985.