Pendurar quadros, cabideiros e cortinas já não precisa mais envolver furadeira, parafusos e sujeira. Com ganchos adesivos, fitas e até colas é possível organizar e decorar a casa sem fazer qualquer furo nas paredes, o que, além de reduzir o risco de danos aos revestimentos, torna os processos mais simples e condizentes com a rotina dos moradores.

“A vida de todo mundo é muito corrida, então, o pessoal quer praticidade. E quando falamos em furar uma parede não é só furar: tem que ter a ferramenta, tem a sujeira…”, diz o gerente de loja do Balaroti Elessandro Valtair Sotoski.

As alternativas mais práticas em termos de instalação são os ganchos e fitas adesivas. Em geral, os ganchos são recomendados para objetos mais leves, embora isso não signifique que seu uso esteja restrito a pendurar panos ou utensílios de cozinha como colheres e panelas: “Temos ganchos removíveis em diversos tamanhos, modelos e cores”, diz o representante comercial da 3M Aramis Fonseca Bonin.

Conforme ele, essa variedade permite que os materiais suportem desde fios, panos e pequenos objetos decorativos até quadros. Os maiores ganchos, por exemplo, seguram itens de até aproximadamente 2,5 kg. Apesar disso, a remoção também é fácil: os ganchos vêm com uma rebarba para fazer a remoção e indicam em que sentido você precisa puxar para retirar o produto da parede.

Conforme os especialistas, eles não deixam marcas na parede, o que os torna adequados até para decorações temporárias, como as de Natal. Além disso, podem ser aplicados a diversos materiais, como madeira, porcelanato, vidro etc.

As fitas, por sua vez, vêm tanto em pequenos pedaços ou em rolos e conseguem suportar objetos que variam dos poucos gramas até vários quilos. A Tekbond, por exemplo, oferece produtos com capacidade máxima de 1 kg por segmento de 15 cm. No caso da 3M e da Adelbras, a fita com maior capacidade segura até 5 kg em 20 cm.

Há modelos indicados para todos os ambientes, mas é preciso ficar atento ao uso recomendado: embora haja aquelas que podem ser usadas em ambientes internos e externos, há as que não têm resistência à água – sendo, portanto, inadequadas para o uso em locais expostos a chuvas, por exemplo. Há ainda aquelas voltadas para ambientes específicos, como cozinhas e banheiros, espaços sujeitos a ação de gordura e umidade, respectivamente.

Por serem mais fortes do que os ganchos, as fitas tendem a ser um pouco mais difíceis de remover, independentemente do material onde forem aplicadas. Por isso, são recomendadas para uso a longo prazo. Ainda assim, se a retirada for necessária, a orientação é utilizar fio de nylon para removê-la e um removedor para limpar qualquer resíduo adesivo. “Mas elas podem deixar alguma marca, principalmente em paredes. Dependendo da marca, para remoção, teria que fazer uma pintura”, diz Sotoski.

Outra alternativa é utilizar colas voltadas para reparos e decoração, como o chamado prego líquido. De forma geral, elas têm fixação instantânea e são resistentes à água e agentes climáticos, o que torna a aplicação mais prática do que de parafusos e pregos. Além disso, podem suportar muito mais peso: completamente seco, o prego líquido da Vedacit suporta 1,2 kg por 1 cm², por exemplo.

Porém, a secagem total depende do tempo de cura de cada produto, por isso orienta-se que o objeto colado tenha um suporte até que a cola ganhe resistência (o tempo varia conforme a cola e o fabricante). Além disso, o uso não é irrestrito: nem todas as colas devem ser aplicadas em qualquer ambiente ou sobre qualquer material; o prego líquido, por exemplo, não é recomendado para materiais plásticos ou que ficarão submersos em água.