Decoração
Conheça os tesouros do antiquarista que há 30 anos recolhe memórias
Sergio Iahn com sua coleção de caixinhas. Fotos: Letícia Akemi/Gazeta do Povo | Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Quem gosta de antiguidades em Curitiba deve ter, ao menos, ouvido falar de Sergio Iahn, 64 anos. Há quase três décadas ele compra e vende móveis e objetos antigos na cidade. Para ele, nada é para jogar fora. “Tento fugir do rótulo do antiquário. Aceitando coisas que não estão classificadas como antiguidades de valores astronômicos. Penso que tudo pode servir para alguém. Sou um fiel depositário de peças. Elas estão aqui de forma passageira”, resume.
Ele lamenta que muita gente faça de sua casa um “showroom de loja”. Na dele, o cenário é outro. Até mesmo a cozinha foi montada por móveis antigos ou feitos por ele. “Sou de família de imigrantes, que chegaram em cidades praticamente inexistentes. O senso de construção e de dar valor para o que se faz é muito forte para mim”, diz. Mesmo tendo desapegado de muitos móveis após uma mudança de vida e de endereço, Iahn mantém objetos como uma caixa de som Mendelsohn do final do século 19, poltronas de 1920 e uma chaise longue de 1960.
Fotos antigas, cristais e obras de arte de artistas locais como Rettamozo, Rogério Dias, Estanislau Traple, Érico da Silva e Guido Viaro fazem da pequena sala um espaço de valor inestimável. No andar superior do sobrado em que mora, fica a coleção de caixinhas de metal, provenientes de vários lugares e com múltiplas utilidades. Há porta-joias, cases antigos de maquiagem, porta-níquel, entre outros. Para completar o acervo, uma cadeira de 1820 apoia um acordeon Hering que pertenceu ao avô.