Conheça os ambientes da Casa Cor Bolívia

Quem visita uma mostra de decoração vai em busca de inspiração, mas também quer ser surpreendido. Os profissionais que assinam os 29 ambientes da Casa Cor Bolívia deste ano, levaram o quesito surpresa bastante a sério. Quase todos os espaços têm uma combinação inusitada, uma peça curiosa ou uma composição diferente.

O evento, que acontece até o dia 7 de maio, ocupa o prédio do antigo colégio de religiosas Santa Ana, uma construção em estilo colonial que é patrimônio histórico da cidade de Santa Cruz de la Sierra.

Durante a restauração, que consumiu cerca de meio milhão de dólares e dois anos de trabalho, foram revelados elementos originais de uma capela no imóvel, alguns ladrilhos e outros detalhes da edificação que inspiraram os 37 profissionais participantes, incluindo a brasileira Giovana Murta, arquiteta radicada na Bolívia.
Confira em detalhes os ambientes da Casa Cor Bolívia

Sala Principal, por Rocío Rodríguez Zambrano
Peças em madeira de grandes proporções, como a mesa de centro e esculturas gigantes no mesmo material, conduzem a combinação de cores neutras.

O estilo colonial da edificação foi mantido na proposta e, para criar um contraste, o espaço foi desenhado a partir de linhas e tonalidades puras.

O neoclássico é predominante no ambiente, evidenciado na bancada em mármore e no clima imponente. Detalhe para a mescla de estampas de vegetais e nos toques de vermelho, para quebrar a hegemonia do branco e preto.

A arquiteta brasileira que vive há dez anos na Bolívia assina o ambiente, que faz alusão a um clube privado, pensado para reunir amigos. O desenho impactante do piso e do mobiliário de design ganham destaque no ambiente. Outro detalhe interessante: o efeito da iluminação que vem da parte de baixo das mesas.

O grafite ocupa todo o espaço que tem uma pegada divertida. As luminárias rústicas são exclusivas, criadas com ráfia, palha de milho e pimentas desidratadas.

Em um espaço de cerca de 140 metros quadrados, distribuem-se a cozinha com copa e o estar. Painéis em vidro integram visualmente os ambientes ao jardim.

A construção une materiais tradicionais e o vidro para criar um refúgio. A iluminação tem o papel especial de ressaltar as obras de arte e os tecidos, que remetem à cultura guaraya.

O projeto combina materiais modernos e cores cheias de energia, para recordar os antigos recreios no colégio Santa Ana. Prints de folhas e vegetações trazem frescor, enquanto as esculturas de flamingos conferem um ar descontraído e inusitado.

Mais de cem lâmpadas pendem da árvore e criam um espetáculo de luz ao anoitecer. Para contemplar a instalação, foram instalados bancos em troncos naturais.

O profissional recuperou ladrilhos quadrados originais do colégio e alguns mosaicos utilizados nos anos 1960, incorporando essa história ao ambiente rico em memórias.

O ambiente é uma instalação artística que ressalta a passarela que atravessa o ambiente sobre espelhos, gerando várias sensações nos visitantes que a percorrem. Nas paredes, a textura marcante das pedras e das molduras douradas é valorizada pelo projeto luminotécnico.

Materiais nobres e texturas naturais faz com que a a sensação dominante seja o aconchego. A madeira foi utilizada em sua forma mais rústica, compondo com as paredes de cimento. A escada se destaca pela leveza, conduzindo ao mezanino onde se localiza a suíte.

É um dos espaços mais representativos do colégio Santa Ana e recebeu atenção especial, sendo totalmente recuperada pela Casa Cor. A primeira ação foi unificar o ambiente, que estava compartimentado em várias pequenas lojas, que eram ocupadas por estúdios de tatuagem, fotográficos, entre outros. A partir do restauro descobriu-se a verdadeira estrutura. A nova roupagem tem como destaque os três lustres com mais de 30 mil cristais cada. O espaço será usado posteriormente para eventos.

O estilo industrial dá o tom neste projeto que reúne tons de cinza e algumas estruturas aparentes. O revestimento gráfico que vai do chão ao teto forma o pano de fundo para destacar o veículo.

O menor espaço da mostra se revela como um dos mais versáteis. A arquiteta aproveitou a circulação para instalar um armário aberto. As duas poltronas e as paredes estofadas com tecido estampado, dão mais conforto.

O espaço não tem barreiras visuais sendo que apenas elementos arquitetônicos originais do imóvel, como vigas e colunas, fazem a separação dos ambientes. As cores garantem o equilíbrio e a uniformidade entre os vários recantos.

A profissional buscou uma linguagem clássica repaginada, inserindo diferentes texturas e alguns itens de personalidade para imprimir um estilo. Exemplos disso estão na cabeceira, com desenho exclusivo, e no grafite na parede principal.

Os objetos selecionados para o ambiente tem grande importância na composição e dão vida ao espaço. Destaque para a imponente luminária composta de 16 lâmpadas.

O espaço foi projetado para destacar os objetos expostos, em um pano de fundo exuberante que combina o piso gráfico e cestos de flores pendentes.

O projeto é funcional e pensado para o dia a dia de uma costureira que precisa receber clientes e criar peças de vestuário. A composição do papel de parede com os nichos de diferentes formatos é destaque no ambiente.

O profissional trabalha com cenografia e direção de arte, atividades que influenciaram o projeto que priorizou o patrimônio histórico mantendo a estrutura do local. No visual, o estilo vintage encontra os elementos sacros originais e o resultado é delicado graças ao suave jogo de luzes e aos tons suaves, como rosa seco e amarelo.

Cobre, ouro, prata e outros tons e texturas metálicas estão presentes no projeto que prima pelo desenho reto. A automação residencial foi usada para enfatizar a pegada tecnológica.

A circulação entre os espaços é fluida, como deve ser em um loft. O ambiente apresenta vários móveis antigos recuperados, contextualizados em um projeto que combina referências que vão do natural ao industrial.

A técnica artesanal aplicada na parede e os revestimentos desenvolvidos a partir de lenha, criam uma atmosfera que remete às antigas padarias. O feng shui comanda a disposição do mobiliário e também enfatiza a importância do fogo como elemento condutor do espaço, seja nas cores ou nos materiais que recuperam a arquitetura local.

O nome do ambiente remete a um lugar para receber amigos. A partir daí foi projetada uma churrasqueira equipada com mesa de jogos e equipamentos de karaokê.

O corredor do antigo colégio Santa Ana apresenta uma sequência de arcos e outros elementos originais. Esta atmosfera tradicional encontra referências contemporâneas que complementam o espaço sem descaracterizar sua identidade. Na decoração, a aposta em linhas retas e muito branco.

Espaço une paisagismo com uma decoração composta com peças antigas e tradicionais, fazendo referência à décadas passadas. Detalhe para o intencional uso da porta com pintura desgastada e o piso original do imóvel.

O ambiente foi projetado para evidenciar os produtos do patrocinador da Casa Cor. O grande destaque são os volumes estruturados em diferentes tons de pedra. A decoração é minimalista para cumprir o papel de deixar a mostra os metais e cerâmicas sanitárias.

Arte, tecnologia e arquitetura se unem para apresentar um lançamento imobiliário. Com o auxílio de um holograma, de espelhos e da intervenção artística de Ariely Hossen, o ambiente é uma amostra do conceito proposto pelo empreendimento em questão, que é voltado para o público jovem.