Decoração
Planta que flutua: aprenda a fazer o arranjo japonês kokedama

Foto: Fresh Idees/Reprodução | Stephanie Caroline D Ornelas
Abusar das plantas suspensas é uma alternativa para trazer a natureza para dentro de casa mesmo quando não há muito espaço para isso nos ambientes. Para quem deseja apostar nesta solução e, de quebra, dar um toque descontraído ao lar, uma boa opção são os kokedamas. O nome pode soar estranho, mas a tradução é simples: significa, literalmente, “bola de musgo”.
O que é kokedama?
A técnica japonesa kokedama consiste na criação de arranjos de plantas ornamentais sem vasos, dentro de uma esfera compacta feita com argila, terra e musgo. O ornamento é muito usado e pendurado por fios, dando a impressão de que está flutuando, mas também pode ter um prato ou móvel como suporte.
Além de ser visualmente marcante, a kokedama valoriza cuidados manuais e a conexão com a natureza — princípios centrais da filosofia japonesa. Por isso, ela se tornou popular em projetos de decoração, paisagismo e interiores, especialmente em ambientes que buscam autenticidade, minimalismo e um toque artesanal.

O melhor de tudo é que você pode fazer seu próprio kokedama para decorar a casa. Confira o passo a passo da HAUS:
Materiais

Escolha uma planta que se desenvolva melhor na sombra, pois o musgo não suporta luz solar direta. Boas opções para fazer seu primeiro kokedama são clorofito, asplênio, costela-de-adão, clívia, renda portuguesa e dracena-compacta, indica Solange Mota, vendedora na loja de jardinagem e escritório de paisagismo Casa das Plantas.
Você vai precisar de:
- Musgo esfagno e musgo verde.
2. Argila, areia e terra vegetal.
3. Barbante, cordel de linha ou outro fio de sua escolha.
Como fazer kokedama
1. Limpe a raiz da planta escolhida tirando o máximo de terra possível. Em seguida, faça uma bolinha com o musgo esfagno úmido. Faça um buraco no meio da esfera e insira a planta. Envolva essa bola com uma mistura de terra, argila, areia e um pouco de água. O aspecto dessa mistura deve ser argiloso para facilitar a moldagem e para a terra não quebrar.

2. Envolva a esfera com o musgo verde. O acabamento externo também pode ser feito com fibra de coco.

3. Enrole barbante, cordel de linha ou outro fio de sua escolha na bola, passando por todos os lados, e dê um nó. Solange sugere usar fio verde, da cor do musgo, para um resultado diferenciado. Acrescente um pedaço de linha para pendurar ou coloque o arranjo em um prato.

4. O diferencial dos kokedamas é sua simplicidade e facilidade de manutenção. Para regar, é necessário espirrar água e, de tempos em tempos, mergulhar a bola na água – preferencialmente com adubo diluído – por 5 a 10 minutos para manter o arranjo úmido e a planta hidratada e saudável. Deixe o excesso do líquido escorrer em um prato antes de colocar o kokedama de volta em seu lugar.

Cada planta, uma necessidade
Suculentas, begônias, orquídeas, bromélias e outras plantas que retêm muita água não podem ficar em contato direto com o musgo, ou apodrecem rapidamente. Neste caso, a bolinha deve ser feita sem o esfagno. Em vez disso, use fibra de coco com pedrinhas, casca de pinus ou pedacinhos de isopor.

Solange explica que é preciso tomar bastante cuidado na hora de fazer um kokedame de suculentas, escolhendo uma planta mais resistente e tomando cuidado para não quebrá-la na execução da técnica. “Os arranjos duram bastante tempo, se forem regados e adubados adequadamente”, afirma.
*Especial para a Gazeta do Povo.
LEIA TAMBÉM
BAB: a nova vitrine da arquitetura brasileira
Gostou de saber mais sobre kokedama? Conheça mais sobre a Bienal de Arquitetura Brasileira — BAB — ela surge como um marco no cenário nacional, com o ambicioso objetivo de tornar a arquitetura mais acessível e próxima à vida cotidiana. Organizado pela Archa, o evento vai ocupar o Parque Ibirapuera, em São Paulo, entre março e abril de 2026, oferecendo ao público uma experiência plural com casas modelo, pavilhões temáticos, instalações interativas, oficinas e espaços sensoriais.
Mais do que uma mostra de projetos, a BAB propõe um diálogo com a diversidade cultural, social e geográfica do Brasil — reunindo expressões arquitetônicas de todos os estados, por meio de um concurso nacional que selecionará residências de cerca de 100 m² para representar cada unidade federativa. Nesse sentido, a Bienal reafirma seu propósito de valorizar a produção local, democratizar o acesso à arquitetura e mostrar como o desenho dos espaços é parte fundamental da vida em sociedade.