Ela pode ser a base de todo o projeto ou o toque final na ambientação dos espaços. Fato é que a tinta tem um papel quase de protagonismo quando o assunto é decorar da casa ao ambiente de trabalho.

Para se ter um resultado com qualidade e durabilidade, no entanto, é preciso atentar a detalhes que vão muito além da escolha da cor e que envolvem desde a superfície a ser pintada até os diferentes tipos de tintas.

Pode parecer óbvio, mas prestar atenção ao tipo de superfície que receberá a tinta é o primeiro passo para garantir um bom resultado – e não desperdiçar o investimento na pintura. Isso porque a composição das tintas é específica para responder às necessidades de cada tipo de material – alvenaria, madeira e metal -, e não apenas para levar cor a eles.

“As tintas são diferentes porque os materiais são diferentes. O metal dos portões está exposto à intempéries e pode sofrer corrosão, enquanto a madeira pode apodrecer se não receber a pintura (que atua como proteção) adequada”, exemplifica Anne Costa, coordenadora técnica da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).

Desta forma, a opção por uma tinta inadequada ao tipo de material pode resultar em dois pontos negativos. O estético é o primeiro, e mais imediato deles, uma vez que a tinta não terá o mesmo desempenho se for aplicada em uma superfície diferente da para a qual foi desenvolvida. “No longo prazo, o custo-benefício não vai valer a pena, pois além do risco de perder a peça, que não terá a proteção adequada, haverá necessidade de retrabalho para que o objetivo seja alcançado ou a redução do prazo para a execução das manutenções”, acrescenta Anne.

A localização da parede, na parte interna ou externa do imóvel, também é importante, uma vez que faz com que a tinta esteja exposta a diferentes tipos de ações e condições climáticas que também podem comprometer o resultado da pintura ou reduzir a durabilidade dela.

Avaliados estes pontos, é hora de partir para a escolha da tinta. As voltadas ao uso imobiliário são divididas em quatro categorias: econômica, standard, premium e super premium. A primeira delas é indicada apenas para áreas internas, pois têm menor resistência à limpeza, além de menor variedade de cores.

As tintas standard podem ser utilizadas tanto nas áreas internas quanto externas e apresentam moderada resistência à limpeza – e uma gama maior de cores. Elas ainda rendem no mínimo 25% mais do que as econômicas. A mesma indicação de uso vale para as tintas da categoria premium. A diferença, neste caso, está na maior resistência à limpeza, no mínimo 2,5 vezes superior a das standard, além de ótima resistência às ações do sol e da chuva. O rendimento delas é 50% superior ao das econômicas.

Já a categoria super premium traz produtos com resistência à limpeza cinco vezes superior a de uma tinta standard, e rende o dobro do que uma da categoria econômica. Ela também é a tinta que tem o melhor desempenho e resistência em relação às intempéries.

Para ir além na busca pela garantia e qualidade do produto, também é possível chegar na plataforma Tinta de Qualidade se a marca da tinta pertence a uma empresa qualificada pelo Programa Setorial de Qualidade (PSQ) – Tintas Imobiliárias, que relaciona as marcas de tinta que cumprem os requisitos estabelecidos pelas normas técnicas, assim como as que estão em não conformidade. O programa é coordenado pela Abrafati e integra o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), do governo federal.