Decoração

Casa flutuante prioriza a contemplação da natureza e atividades sociais

Luan Galani
29/01/2017 20:32
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Casa em Pato Branco foi projetada por Barbara Becker para casal que recentemente decidiu parar com as atividades de trabalho e procuravam uma casa com foco no social e na contemplação da natureza. Fotos: Estudiograma/Divulgação

Um casal de Pato Branco, no interior do Paraná, resolveu mudar de vida. Com os filhos adultos já fora do ninho, a dupla decidiu parar de trabalhar e inaugurar uma nova casa para o novo momento do casal.
O desafio coube à arquiteta Barbara Becker, que voltou recentemente de uma temporada em Nova York.
O projeto cheio de linhas paralelas na fachada tem uma linguagem arquitetônica moderna inconfundível e reflete o estilo recém adotado pelos proprietários: uma vida mais contemplativa e simultaneamente com maior atividade social.
A arquiteta concebeu dois volumes distintos, correspondentes aos espaços sociais e privados, que se interceptam para formar o todo.
O grande protagonista da casa é a área social integrada: sala, cozinha e jantar. Todos os dias o pôr do sol invade os espaços de encontro, convidando os habitantes e seus convidados à contemplação da cidade e da natureza.
A vista acaba por expandir a sala ao horizonte.
“A topografia acentuada do terreno, que descende a partir da rua, permitiu que eu deixasse a vista da cidade ao fundo e o jardim em primeiro plano”, clarifica Barbara.
O projeto batizado de Casa da Vista tem 326 m² em um terreno de 600 m².
A laje em concreto aparente que revela a textura da madeira do molde e o ladrilho hidráulico do piso valorizam o modo ainda artesanal de construção no Brasil.
Foto: Estudiograma/Divulgação
Foto: Estudiograma/Divulgação
O hall de entrada articula a circulação para as 3 áreas: o íntimo com os quartos, o social com a sala e cozinha, e o nível inferior do jardim com espaço para festas.
O paisagismo do jardim teve foco na reestruturação ecológica do terreno. Com plantas nativas, espera-se que as árvores de médio porte plantadas criem uma nova dinâmica com o espaço interno que terá relação direta com as copas. O jardim é regado com uma cisterna de água da chuva captada da cobertura.
A paleta de cores é bem neutra, oscilando do branco ao concreto aparente, com algumas intervenções em tons mais fortes e deixando a evidência para a madeira do mobiliário e a cerâmica de alguns revestimentos.
“A casa muda muito de cor durante o dia. Com a luz da manhã é branca gelo. Mas com o pôr do sol é como se transformasse em tons mais quentes. Toda essa dinâmica só é possível porque o cinza e o branco permitem esse jogo natural”, explica a arquiteta.
O mobiliário escolhido é de madeira maciça de jequitibá feita por artesão local e o fogão à lenha foi produzido no Rio Grande do Sul (de onde a família é originária), que se tornam o elemento central onde os encontros acontecem.

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