Decoração

Beleza antiga

Jennifer Koppe - jenniferk@gazetadopovo.com.br
24/08/2008 03:02
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Voltar o olhar ao passado não significa transformar o seu lar na casa da vovó. Pelo contrário. Mesclar as novidades com os clássicos é o que existe de mais atual. Além de ser um investimento (móveis e objetos de decoração costumam valer mais com o passar dos anos), adquirir uma antigüidade, por mais singela que seja, é a sua chance de criar um ambiente único, personalizado e com muita história para contar.
Com um pouco de paciência e cautela, é possível encontrar verdadeiras preciosidades em antiquários, e o melhor, com preços bem atraentes. “Muitos ainda pensam que antigüidades custam uma fortuna, mas os preços variam muito. É possível encontrar peças únicas a partir de R$ 10. Ninguém deveria ter medo de entrar, afinal de contas, você não paga nada para olhar”, comenta o antiquário Sérgio Iahn, dono de duas lojas em Curitiba.
Iahn explica que o preço de uma peça depende de vários fatores: origem, material, valor histórico ou artístico, se passou por algum processo de restauração, entre outros. “Uma mesa de jantar Dom João VI em jacarandá, por exemplo, vale entre R$ 15 e R$ 18 mil . Agora, um jogo de jantar completo em imbuia feito a mão pelos imigrantes italianos em 1920, pode custar em torno de R$ 3 mil”, revela.
Muito antes de virar tendência, o designer de interiores Lupércio Manoel de Souza já costumava misturar o clássico e o contemporâneo em seu trabalho. “O que seria o presente se não existisse o passado?”, questiona. “Peças de antiquário dão um toque muito especial a qualquer ambiente. Mas é preciso ter sensibilidade e encontrar um equilíbrio entre os estilos para o resultado não ficar datado ou muito pesado”, aconselha.
A arquiteta Vânia Toledo Martins não tem o hábito de freqüentar antiquários. Mas costuma revirar antigas construções e a casa dos familiares em busca de móveis e objetos típicos das décadas de 50 e 60. “Além de muita qualidade, os móveis antigos têm memória, uma história para contar, o que para mim é fundamental. E não é tão difícil utilizá-las na decoração de um ambiente, principalmente porque a madeira e peças de design clássico nunca saem de moda. Destacar essas relíquias valoriza não só a própria peça, mas principalmente o ambiente como um todo”, explica.
Hora de “garimpar”
Existem mais de 30 antiquários espalhados por Curitiba. A maioria deles fica no Centro e no bairro São Francisco. Nestas lojas é possível encontrar móveis e peças de decoração nacionais e importadas das mais variadas décadas. Prepare-se para viajar no tempo!
S Iahn Comércio de Antigüidades – Rua José Sabóia Cortes, 103, Centro Cívico, fone (41) 3253-4344 e Rua Kellers, 153, Alto São Francisco, fone (41) 3223-3444
Alberto Machado – Rua Visconde do Rio Branco, 374, conj. 2, Mercês, fone (41) 3225-3348
Novecento Antigüidades – Rua Francisco Rocha, 612-A, Batel, fone (41) 3243-5342
D’Agostini Antigüidades – Rua Comendador Araújo, 143, sala 11, Centro, fone (41) 3233-5404
Jade Rosa Antigüidades – Rua Treze de Maio, 336, loja 5E, Centro, (41) 3223-6620
Solar do Rosário – Rua Duque de Caxias, 4, Centro, fone (41) 3224-1129
Mater – Rua Kellers, 290, loja 15, Alto São Francisco, fone (41) 3322-8888
Mercado das Pulgas – Rua Brasílio Itiberê, 3.910, Água Verde, fone (41) 3342-5673 ; Rua 24 de Maio, 765, fone (41) 3225-5017 e Av. Marechal Floriano Peixoto, 1.695, fone (41) 3333-3937, ambos no Rebouças
Dia de feira
Nos mercados de antigüidades ao ar livre é possível fazer bons contatos, o que pode resultar em ótimos negócios
Feira de Antigüidades da Praça da Espanha, sábados das 10 às 17 horas.
Feira da Praça Benedito Calixto, no bairro Pinheiros, em São Paulo, aos sábados das 9 às 19 horas.
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Serviço
Lupercio Manoel e Souza (designer de interiores e cenógrafo), fone (41) 3039-8585, site www.lupercio.com.br.
Vânia Toledo Martins (arquiteta), fone (41) 8414-2913.