Ele afirma que a repintura está relacionada à boa higiene e à manutenção de uma estrutura, já que elimina a sujeira que, naturalmente, se acumula.
O planejamento para uma boa pintura começa pela escolha de um dia com condições favoráveis. “A chuva e a umidade interferem no resultado da pintura, mas a temperatura muito elevada compromete o nivelamento e deve-se evitar a incidência direta do sol. O ideal é ter temperatura entre 15°C e 35°C e umidade relativa do ar de no máximo 85%”, diz o gerente de assistência técnica da marca Sherwin Williams, José Humberto de Souza. Para ele, os melhores meses estão entre abril e setembro.
Um alerta. Se a casa for nova, é preciso esperar o tempo de cura do reboco, que é de 30 a 45 dias. Somente depois desse prazo será possível começar a preparação da parede. “Se for feita a pintura sem a secagem completa do reboco, a tinta não terá a aderência esperada”, diz Ferreira.
Evite o desperdício
Comprar tinta demais é perder dinheiro, e levar de menos pode prejudicar o resultado da pintura, já que a cor escolhida sofre alterações de um lote para outro. Para acertar na quantidade, é preciso saber a área do ambiente a ser pintado. Meça a extensão de cada parede (desconte as esquadrias), some todas as medidas e multiplique pela altura do pé-direito, descobrindo quantos metros quadrados serão pintados. Não esqueça de somar a área do teto.
Com as medidas em mãos, a promotora técnica da Lukscolor, Fernanda Nogueira dá a dica.
“Uma lata de 900 mililitros cobre, em média, de 10 e 12 metros quadrados por demão. O galão pequeno, de 3,6 litros, rende de 40 a 45 metros quadrados por demão e um galão grande, de 18 litros, rende de 240 a 250 metros quadrados por demão”, explica. Na embalagem da tinta há a indicação do rendimento, que pode variar conforme a fabricante. Outra dica é consultar os sites das marcas, quase todas dispõem de uma calculadora virtual.
Aliados a postos
As ferramentas devem ser escolhidas com cuidado e de acordo com o trabalho que será realizado. Veja os principais produtos que se deve ter à mão:
Lixas
Existem produtos específicos para ferro, madeira e massa (alvenaria).
A diferença de aspereza e poder de desgaste é definida por uma escala de grana, que varia de 36 a 600, normalmente. Quanto mais baixo o número, mais grossa será a lixa. Uma lixa para massa média tem grana entre 120 e 150. Há ainda a lixa d’água, que deve ser usada molhada e quando é preciso abrir muito os poros da parede, como nos casos em que se está mudando de tipo de tinta, à base de solvente para à base d’água, ou de uma cor muito escura para um tom claro.
Pincéis
Há diversos tamanhos, definidos em polegadas. Os mais finos são excelentes para cobrir os cantinhos, próximo a portas e sancas. Atente para a diferença das cerdas: as sintéticas, normalmente mais claras, são mais macias, duram menos, porém espalham melhor as tintas acrílicas à base d’água. As cerdas naturais são indicadas também para tintas à base de solvente e vernizes.
Bandeja
O recipiente com desnível auxilia na hora de deixar o rolo ou pincel em descanso. Na falta dele, é possível usar uma bacia ou balde.
Rolos
Há diferentes tamanhos (escolha de acordo com a área) e tipos. Os de lã, natural ou sintética, não devem ser usados em tintas com solventes, prefira os de espuma. Compre os modelos com suporte separado do rolo, para substituí-lo depois de gasto. Existem os modelos especiais para efeitos decorativos com texturas. São vários padrões (ranhuras, lenhado, folhas).
Espátula e desempenadeira
Servem para aplicação de massa acrílica ou massa corrida. As melhores, porém mais caras, são as de aço. Os modelos de plástico servem para pequenas áreas.
Fonte: profissionais das marcas Coral, Suvinil, Sherwin Williams, Tintas Renner e Lukscolor, consultados pela reportagem e David Alves Ferreira, instrutor do Senai-PR