Acerte na escolha das tintas

A promotora técnica da Luks­co­lor, Fernanda Nogueira, lembra que um importante fator na escolha de uma tinta, além da pre­­ferência pessoal pela cor, é o brilho. Independente do tipo de tinta que escolhida, a escala de brilho vai in­­fluenciar na aparência e na durabilidade. Tintas de alto brilho são as mais duráveis por conter mais resina do que as foscas. “Em linhas gerais, as opções com brilho ou se­­mibrilho são mais indicadas pa­­ra as áreas externas. Nos cômodos da casa, o acabamento brilhante ajuda a dis­­farçar imperfeições, mas a com­­posição da decoração é mais difícil com esse acabamento.”

Qualquer que seja a tinta a ser usada, é indispensável preparar a parede usando massa corrida ou acrílica, que reparam defeitos. Para deixar a superfície uniforme deve-se usar uma lixa com granulação média (entre 120 e 150). “Em paredes novas, sugiro que seja usado um fundo preparador de paredes ou um selador, para diminuir a porosidade e aumentar a proteção”, orienta o instrutor dos cursos da área de construção civil do Ser­viço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-PR), David Al­­ves Ferreira.

Entre as tendências de cores para 2011 as marcas lançam opções vibrantes, especialmente tons de vermelho e rosa, que poderão ser usados em detalhes de salas e quartos, principalmente. “Nas linhas mais sóbrias destacam-se este ano as variações de verde, amarelo e azul. Quem gosta de textura pode investir em linhas de gel e resinas que proporcionam efeitos de alto relevo ou envelhecidos”, sugere Fernanda. Outra opção são as tintas que têm efeitos, como camurça ou metalizado.

Na área externa, a pintura exerce papel importante de proteção, impedindo que a chuva e o sol agridam a estrutura. Se a opção for por uma pintura lisa – sem o uso de massas de textura, como o grafiato – deve-se escolher tinta acrílica de boa qualidade, que protege o imóvel e ajuda a evitar infiltrações de água da chuva por capilaridade, explica Silvana.

Portões e grades, de madeira ou ferro, exigem produtos específicos. “Cada tipo de material pede uma tinta. A acrílica, usada nas pa­­redes, não serve para proteger ma­­deira e metal. Há esmaltes específicos para essas superfícies”, lembra Ferreira. Se as esquadrias fo­­rem de alumínio, o tipo de pintura ideal é com tinta spray – que exige mais habilidade para que o produto não escorra. Há, ainda, fórmulas de tintas específicas para varandas e garagens, com alta re­­sistência à abrasão e à circulação de pessoas e veículos. “É uma boa opção, especialmente para piso de concreto.”

Quem está programando empunhar o pincel e o rolo ainda em ja­­neiro, deve ficar de olho na meteorologia e escolher dias em que a umidade relativa do ar não esteja acima de 85%. “Além da umidade, o tempo muito quente interfere no resultado da pintura. O ideal é ter temperatura entre 15°C e 35°C”, orienta Fernanda, da Lukscolor.

Para as áreas “molhadas” da casa, como banheiro e cozinha, que convivem com a umidade diariamente, a técnica recomenda produtos do tipo antimofo, com doses maiores de fungicidas e algicidas. Seguindo algumas instruções, é possível dar novos ares à casa em algumas horas. “A pintura de um ambiente, se a opção for por acabamento liso, pode ser finalizada em um dia.”