JVN: uma história de inovação em papeis de parede

adrianoj
03/06/2017 17:40
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Coleção Versace. Foto: Divulgação

Pioneirismo. Essa é a palavra que norteia a trajetória de 25 anos de mercado da JVN/Art Papier. Importadora de papeis de parede com sede em Curitiba, a empresa iniciou sua jornada trazendo os revestimentos da AS Creation, maior fábrica de papeis de parede da Europa. Porém, a história de admiração pelos papeis começou na década de 70, quando o casal Joaquim e Celia morava na Alemanha e lá se encantou com a qualidade dos produtos germânicos. Ao voltar para o Brasil, Celia iniciava a importação de cortinas de Lichtenstein (Alemanha).
Mas, foi na década de 90 que o casal deu o primeiro passo rumo aos papeis de parede e Celia se tornou uma das primeiras mulheres na gestão de uma empresa do porte da JVN. “Enfrentei muitas dificuldades no início. Naquele tempo podíamos contar nos dedos de uma mão a quantidade de importadores de papel de parede. Mas, a concorrência era grande, principalmente por eu ser mulher”, conta.
Chizuko Takemura Piccoli, Célia Vianna e Mariana Vianna Gaião estão à frente da JVN. Foto: Divulgação<br>
Chizuko Takemura Piccoli, Célia Vianna e Mariana Vianna Gaião estão à frente da JVN. Foto: Divulgação<br>
No entanto, isso não impediu a vertente inovadora da empresária. Ela se recorda que em uma feira na qual participou, cansada do formato padrão dos estandes, trouxe um aplicador de papel de parede que era um showman e mostrava na prática como aplicar o papel. “No outro dia, tinham vários estandes fazendo o mesmo”, recorda.

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Em 25 anos o mercado mudou radicalmente. Em 1992, existiam somente cinco grandes importadores e isto limitava a variedade dos produtos. Além disso, os papeis eram mais simples, sem tanta tecnologia empregada no processo produtivo. Atualmente, o que não faltam são opções de acabamentos — vinilizado, vinílico, seda, veludo, palha, mica, cortiça, pedra, imantado, apenas para citar alguns –, usos diversos (inclusive no banheiro e cozinha) e certificações de qualidade.
A preocupação com a qualidade dos produtos, aliás, sempre foi prioritária para a JVN. “Desde o primeiro dia acredito que o que é bom pra mim, é bom para funcionários e clientes. Temos responsabilidade social e comercial, é uma cadeia “do bem” que se sustenta”, acredita Célia. Por isso, a empresa só trabalha com papeis certificados. Entre as certificações, estão o selo de qualidade RAL, no qual os produtores se comprometem a não usar nenhum material tóxico, como tintas que contém metal pesado ou solventes tóxicos. O selo MPA é destinado somente aos produtos que são resistentes ao fogo. O “Blue Angel” consiste em papeis reciclados.
Para este ano, de comemoração dos 25 anos, a empresa planeja uma coleção inédita. Foto: Divulgação
Para este ano, de comemoração dos 25 anos, a empresa planeja uma coleção inédita. Foto: Divulgação
Outras coisas que evoluíram foram os usos do papel, hoje aplicáveis também na cozinha e no banheiro, além do grande leque de coleções. A empresa trabalha com 170 delas. As mais emblemáticas são a flock, no qual o desenho é aplicado com cola e flocado com fibra natural ou artificial, além de desprender-se totalmente da parede quando retirado; stoneplex, que são pedras naturais sobre a base de papel de parede TNT e Versace, do renomado estilista, que foi lançada em 2013. No total, a empresa trabalha no total com 16 fornecedores mundiais, da Alemanha, França, País de Gales, Coreia do Sul, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Turquia, Estados Unidos e Itália.
Por volta de 2015, a empresa passou a se dedicar mais fortemente ao mercado de luxo. Hoje são cinco fábricas: as inglesas e belgas Omexco, Sanderson, Zoffany, Iliv e Morris & Co… Elas vendem seus itens através da JVN. As coleções são tão especiais que devem ser encomendadas. Para comemorar o jubileu de prata da JVN, a empresa vai realizar um seminário para lojistas de todo o Brasil, além de lançar uma coleção assinada inédita.