Veja as expectativas para o mercado imobiliário em 2016

Larissa Jedyn
30/01/2016 00:00
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Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo | GAZETA

Se você quer saber mais sobre mercado imobiliário, venha para Haus. A partir desta edição, nossa equipe passa a tocar a coluna Mercado em Alta/Imóveis, que será publicada mensalmente na revista impressa, com informações sobre lançamentos, tecnologias e análises de mercado. No site, a cobertura também continua, com conteúdo exclusivo do setor. O nosso contato é mercadoemalta@gazetadopovo.com.br.
Para começar essa história, alguns representantes do setor elencam suas expectativas para este ano e que oportunidades – para o público e empreendedores – devem surgir. Fique de olho, porque até na hora da crise, dá para crescer e realizar sonhos!
Larissa Jedyn, editora Haus
Há espaço para otimismo em 2016?
Millôr Fernandes brinca que “é melhor ser pessimista do que otimista. O pessimista fica feliz quando acerta e quando erra”. É evidente que o país passa por uma grave crise política e econômica, mas ainda há lugar para otimismo. Em 2015, apenas com recursos da poupança, cerca de R$ 80 bilhões foram utilizados em financiamento imobiliário, 37 vezes mais que em 2003. Parte dessa diferença decorreu da inflação e parte da forte valorização do mercado imobiliário. Ainda assim, com toda a crise, foram financiadas 11 vezes mais casas e apartamentos em todo o Brasil em 2015 que em 2003.
Entre 2013 e 2015 as construtoras entregaram cerca de 40 mil apartamentos em Curitiba, praticamente o mesmo que em toda a primeira década dos anos 2000. Com toda essa quantidade de imóveis sendo entregues, era de se esperar uma fase de descontos e promoções. São mais de 300 construtoras atuando em Curitiba. Se em cada mês apenas uma fizer uma grande promoção, bastam 12 para pensarmos que o mercado todo esta em liquidação permanente.
Com o menor volume de lançamentos dos últimos dois anos, o mercado tende ao equilíbrio ao longo de 2016, com ou sem crise. Melhor sem crise, mas as pessoas continuarão saindo da casa de seus pais, casando, tendo filhos, mais filhos e, até mesmo, eventualmente, se separando. A vida não espera a crise passar e a locação raramente é um objetivo em si. Em geral é apenas uma necessidade temporária.
Assim, se a oferta de imóveis tende a diminuir, significa que o melhor momento para se comprar um imóvel terá ficado para trás. É muito simples: mais oferta, mais oportunidade de escolha! Por isso, parafraseando Albert Schweitzer, prefiro ser um pessimista pelo conhecimento, mas um otimista pela esperança e pela vontade. É a vontade que permitirá aproveitarmos as oportunidades que 2016 nos apresentar.
Fábio Tadeu Araújo é economista e sócio da BRAIN – Bureau de Inteligência Corporativa.
MUDAR É PRECISO
Para José Eugenio Souza de Bueno Gizzi , presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), é necessário criar medidas econômicas que venham a favorecer o investimento em infraestrutura e habitação. Além disso, reduzir efetivamente o peso da máquina pública, melhorar seus processos de gestão e diminuir a burocracia se fazem iminentes.
Um das apostas do setor são as Concessões e Parcerias Público-Privada. “Como o estado perdeu a capacidade de investimentos, a iniciativa privada vira parceira do poder público na construção de obras e operacionalização de serviços vitais, principalmente nas áreas de saúde, educação e segurança.” O ânimo das empresas pode melhorar se os investimentos públicos em infraestrutura anunciados para este ano se confirmarem.
ACOMODAÇÃO ECONÔMICA
Luis Antônio Laurentino, presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), diz que em todos os setores os profissionais vivem focados, permanentemente, em expectativas de melhoras e de crescimento. Dentro do mercado imobiliário, não é diferente. ”Certamente teremos um ano de acomodação econômica, porém, com excelentes oportunidades para aqueles que têm condições de negociação, por conta de tempo ou de capital.”
HORA DA COMPRA
Jefferson Gomes da Cunha, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), avalia que este é um bom momento para adquirir imóveis em Curitiba. Quem esperar muito, pode acabar pagando mais pelo mesmo imóvel, já que os lançamentos virão com preços maiores do que os atuais, em função do aumento dos custos dos insumos.
Mas o comprador ainda encontra oferta diversificada de imóveis prontos para morar em diferentes regiões da cidade, com preço e condições de pagamento que cabem no seu orçamento.
Cunha também lembra que os novos empreendimentos devem ser de nicho, com menos unidades, prioritariamente com 2 e 3 dormitórios, área privativa de 60 a 120 m2 e essencialmente voltados para moradia familiar.

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