Neste novo mundo contemporâneo do luxo, cada vez mais objetos únicos são desejados e colecionados. Arte e design se unem para se transformar em Arte Utilitária: Collectible Design ou Design Art.

Cito algumas dessas feiras. Em Nova Iorque, a Armory Show e Collective [março], em Bruxelas, a Collectible [março], em Paris, a AD Matières [março], PAD [abril], em Londres, a Masterpiece [junho/julho], PAD [outubro]. Sem falar em Geneva, Dubai, Hong Kong, Los Angeles, Miami, Monaco. É sem fim. E todas com espectadores ávidos para descobrir “aquela peça que nenhum outro poderá ter.”

Abro as portas do Collectible Bruxelas, da qual participei em março, expondo minhas peças a pedido de uma galeriea francesa. É a mais nova delas e a única dedicada exclusivamente a peças contemporâneas do século 21.

Pela primeira vez, designers e galerias participam juntos [normalmente são apenas as galerias que apresentam as peças]… Criou polêmica! E também curiosidade!

Esta nova atitude mostra a abertura de pensamento das organizadoras, duas jovens, uma belga-parisiense, Clelie Debehault e outra parisiense-belga, Liv Vaisberg. Elas conseguiram a atenção de “grandes cabeças” que vieram como patronos: Tony Chambers, diretor da revista Wallpaper e Pascale Mussard, diretora artistica da Petit h [Hermes].

O evento quebra as tradições das feiras do setor e faz com que o lugar em si seja uma experiência, espaços como de uma Bienal de Arte, onde tudo está à venda. O edifício de seis andares tem um átrio central que traz luz natural e a percepção de todo o espaço. O tempo todo. Interessante. Tudo em contato.

Mostro em fotografias o que admirei. Sem preconceitos, com espírito aberto para aprender e se deleitar, em materiais e formas das mais diversas. Sal, pintura imitando mármore, aço inflável, bolo, vidro de recuperação, customização de móveis achados…

Boa viagem!