Se varandas permitem que os moradores de apartamentos estejam ao ar livre e mais próximos da natureza, varandas integradas a áreas internas aprofundam essa sensação de proximidade entre os ambientes interno e externo, além de possibilitarem a ampliação de salas de estar e outros espaços. “Essas varandas integradas também podem se tornar um espaço multifuncional, onde é possível receber pessoas, ler, praticar yoga e outros exercícios”, afirma a arquiteta Bárbara Kubrusly.

É por isso que elas se tornaram cada vez mais comuns a partir da pandemia de Covid-19 – que impôs uma rotina mais caseira às pessoas e, com isso, evidenciou a necessidade de as residências conversarem mais com o exterior para promover o bem-estar dos moradores – e continuam ganhando adeptos.

A integração é feita pela retirada de qualquer divisão entre a varanda e o ambiente ao qual ela é ligada ou ainda pelo uso de portas-janelas. “Dependendo do projeto, é legal ter essa divisão da porta-janela porque permite criar um outro ambiente, com mais privacidade. E não precisa ser necessariamente uma porta-janela: a divisão pode ser feita pelo mobiliário, por vasos, biombos etc”, explica a arquiteta.

A decisão também pode impactar a relação com o ambiente externo: se houver algum tipo de fechamento, como a porta-janela, a varanda pode ser completamente aberta para o exterior. Caso contrário, é recomendável o fechamento dela com vidros, devido à variação das condições do tempo e ao ruído.

Se a opção for pelo uso da porta-janela, a arquiteta recomenda que ela seja de um modelo que abre para ambos os lados. “Com isso, o responsável pelo projeto consegue trabalhar diferentes opções de layout, com foco no que funciona para o cliente. Quando abre só para um lado, ficamos mais engessados”, diz.

Além da abertura, o que promove a sensação de integração entre a varanda e o espaço ao qual ela é ligada é a concepção de um layout que mostre que os espaços são complementares e o uso dos mesmos materiais e paleta de cores. É a partir disso que, conforme a profissional, cria-se a sensação de unidade entre os espaços, mesmo que haja diferenças para demarcar cada ambiente.

“Na varanda, é interessante trabalhar com móveis um pouco mais descontraídos e voltados ao descanso mesmo, como uma espreguiçadeira. Também gosto de trabalhar com a biofilia, para fazer sentido essa ideia de trazer a parte externa para dentro do apartamento”, recomenda Bárbara.

A profissional orienta ainda usar a iluminação para criar um ambiente de aconchego durante a noite. “As cortinas terão que seguir o padrão do edifício, mas é legal também trabalhar com persianas, que permitem essa brincadeira de fechar um pouco ou completamente, controlando a luz que entra durante o dia.