Arquitetura
Testamento de Zaha Hadid revela fortuna de R$ 272 milhões
A arquiteta iraquiana foi a primeira mulher a levar um Pritzker para casa em 2004. Foto: Zaha Hadid Architects/Steve Double/Divulgação
Detalhes do testamento da arquiteta iraquiana Zaha Hadid, falecida em março de 2016, revelam uma fortuna de aproximadamente £70 milhões, o equivalente a R$ 272 milhões.
Como a arquiteta não era casada e não deixou filhos, os beneficiários da herança são o arquiteto alemão Patrik Schumacher, sócio sênior do Zaha Hadid Architects, que assumiu a condução do escritório; a sobrinha da arquiteta, Rana Hadid; o artista Brian Clarke e o ex-presidente da Serpentine Gallery, Peter Palumbo.
A informação foi confirmada pelo Architects’ Journal.
O testamento especifica que os quatro herdeiros têm um prazo de 125 anos para decidir como dividir o montante. Se não chegarem a um acordo, toda a fortuna vai para a fundação de caridade que recebe o nome da arquiteta.
O valor total já inclui o preço do escritório e de sua cobertura em Clerkenwell, Londres.
O normal seria dar até dois anos para os beneficiários decidirem como dividir a herança, mas o prazo gigante estipulado por Zaha parece ter previsto algumas dificuldades, que já vieram à tona.
Depois do discurso controverso de Schumacher no Festival de Arquitetura Mundial no final do ano passado, em que ele quebra alguns dogmas aceitos internacionalmente pela comunidade de arquitetura e defende a privatização das cidades, Rana, Clarke e Palumbo protestaram publicamente contra o arquiteto.
Veja o que acontecerá com o escritório da arquiteta aqui.