Arquitetura
Execução correta da terraplanagem evita o risco de inundações
A terraplenagem nada mais é do que uma movimentação de terra e limpeza, e pode evitar problemas no futuro.
As chuvas que atingiram o Paraná na última quinta (22) pegaram muita gente desprevenida. Entretanto, há alguns cuidados que não podem ser ignorados para evitar dores de cabeça no futuro. O processo de terraplanagem que nada mais é do que nivelar o terreno antes da obra pode diminuir os riscos de fissuras, trincas e infiltrações.
Segundo o engenheiro civil José Augusto Néia, consultor e especialista em patologia nas obras civis, a determinação de corte e aterro é definida pelo projeto arquitetônico da construção, baseado nas informações do levantamento topográfico. “O autor do projeto parte de uma cota (topografia) de referência e desenvolve o projeto de uma casa, procurando explorar de forma racional o perfil original do terreno”, afirma.
O engenheiro lembra que há áreas de Curitiba em que os trabalhos de corte e aterro são suaves. Mas em regiões mais altas, como Barigui, Vista Alegre, Mercês, Pilarzinho e Bairro Alto, onde os terrenos são mais acidentados, o serviço é mais complexo e exige uma atenção maior no levantamento topográfico.
Para a arquiteta Fabiula Sad Carazzai, o ideal é buscar um projeto que trabalhe próximo à topografia natural do terreno. “Cortes e aterros muito significativos demandam cuidados excessivos de planejamento e execução”, explica. A terraplenagem precisa ser bem executada para que todos os aspectos técnicos – ventilação, visibilidade e estética – sejam atendidos