Arquitetura

Só no sobe e desce

Flávia Schiochet, especial para a Gazeta do Povo
25/04/2013 03:16
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É inegável que é muito mais fácil subir dois ou três andares em um elevador que encarar dezenas de degraus. Outros fatores, como acessibilidade e o aumento da expectativa de vida, tornam a decisão de instalar um elevador dentro de casa um bom investimento. Eles são mais compactos que os comerciais (geralmente acomodam até quatro pessoas) e têm manutenção preventiva menos frequente, pois são menos usados.
São dois modelos os mais populares: o hidráulico e o elétrico. “No caso de uma queda de energia, ambos descem ao nível de acesso principal para liberar as pessoas. Para o elétrico, a parte do acionamento é dentro da caixa do elevador e o hidráulico tem uma espécie de casa de máquinas”, explica Hélio Murara, gerente da Lillo Acessibilidade, Elevadores e Plata­­formas. O investimento para ter um elevador residencial é de cerca de R$ 45 mil, tirando o valor da mão de obra para instalação e manutenção.
A família Peixoto decidiu colocar um elevador depois da casa quase pronta, em 2005. O filho Leandro, de 34 anos, sofreu um acidente e passou muito tempo sem poder andar. Com o elevador, ficou mais fácil para ele se deslocar pelos três pavimentos da casa. “No começo ele não conseguia caminhar, mas hoje ele já usa as escadas”, conta a mãe, Regina Peixoto, 60 anos. Para ela, que tem um problema no joelho, ter o elevador em casa ajuda quando eles têm de carregar peso ou chegam cansados em casa. “Não queríamos colocar uma plataforma ou um elevador convencional, nada que lembrasse que era um paliativo para a situação de Leandro na época. Por isso optamos por um com cara mais moderna, um tubo transparente”, diz a arquiteta responsável pelo projeto, Marília Remes.
Praticidade
A casa projetada pelo arquiteto Wilson Pinto para a família de Salete Carvalho não caberia no terreno do condomínio fechado. A solução foi construir a casa em andares e interligá-los por um elevador e, claro, uma escada. São cinco pavimentos: adega, garagem, sala, área íntima e escritório. Como o terreno é em declive, os três primeiros andares têm saídas para a área externa independentemente. A convivência em uma residência pode se tornar limitada pela dificuldade de acesso aos andares. “É fácil imaginar que, se um de nós fosse deficiente na locomoção, tivesse mais idade e piores condições de saúde, a possibilidade de uso de espaços disponíveis em uma casa assim ficaria limitada”, diz o arquiteto.
Serviço
Marília Remes, arquiteta, fone (41) 9928-1868. Wilson Pinto, arquiteto, fone (41) 3338-6376.
Lillo Acessibilidade, Elevadores e Plataformas, fone (41) 3014-5959. Thyssenkrupp Elevadores, SAC 0800 7070 499. Elevadores Milano, fone (41) 9206-0696.