Arquitetura

São Paulo ganha novo espaço inspirado nos chalés nórdicos com madeira carbonizada

Gazeta do Povo
13/09/2019 11:00
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Barracão escandinavo com minimalismo extremo no lado de dentro é a nova atração do bairro Vila Ipojuca, em São Paulo, onde agora fica o showroom da marca de mobiliário Wooding. Fotos: Wooding/Divulgação

Um chalé com cara dos países nórdicos tem chamado atenção no bairro da Vila Ipojuca, em São Paulo. É o novo showroom da marca de mobiliário brasileiro Wooding, com linguagem arquitetônica inspirada nos barracões escandinavos e fachada revestida em madeira carbonizada, técnica japonesa antiquíssima conhecida como shou sugi ban. O projeto é da Flavia Espindola Arquitetura.
O imóvel tem três pavimentos — dois andares e um subsolo, com 300 m² de área de loja e 400 m² de estoque com algumas peças disponíveis a pronta entrega. O ambiente interno privilegia a luz natural e valoriza a poética do vazio, onde apenas uma oliveira no jardim interno surge como protagonista do espaço modular. Teto e pilares em concreto aparente, enquanto o piso recebe revestimento de cimento queimado.
A marca brasileira é jovem. Foi fundada em 2018 pelo empresário Rafael Espindola, mas já alcançou repertório de objetos e parcerias que marcaram presença na High Design Expo 2018 e na SP Arte 2019. Seu DNA é claro: produtos minimalistas em madeira, que mantêm o mesmo nível de funcionalidade e inteligência do design escandinavo.
Uma das peças emblemáticas é a nova versão do carrinho BG, desenvolvida em parceria com o escritório franco-brasileiro Triptyque Arquitetura, reconhecido pelos edifícios ousados e inteligentes que propõe.
Pelos próximos dois meses, até 31 de outubro, o espaço também recebe a exposição inaugural “Essencialidades”, da Soma Galeria, com curadoria de Malu Meyer. Fazem parte da mostra os artistas Antonio Wolff, Mano Penalva, Raul Frare, Rafaela Foz e Willian Santos. A entrada é gratuita.
Por meio de nota, a curadora da mostra inaugural do Espaço Wooding explica que a cultura minimalista recebeu suas primeiras influências do construtivismo. As obras escolhidas pela Soma Galeria para essa primeira exposição estabelecem um equilíbrio entre a relatividade dos modos de ver e a universalidade da arte.
“É aquilo que permite que os desejos sejam potencializados, uma produção baseada nas relações restritas de cores puras e ritmos com base em alinhamentos, polaridades, progressões e deslocamentos evidenciando uma articulação produtiva entre arte e indústria. As obras e as peças conjugam uma série de critérios estéticos, talvez variáveis no modo de entender a vida e as coisas do mundo.”

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