Luto

Arquitetura

Um dos autores do Centro Pompidou, Richard Rogers morre aos 88 anos

HAUS
19/12/2021 15:21
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2021 tem sido um ano de muitas despedidas na arquitetura brasileira e mundial. E neste sábado (18), o mundo se despediu do arquiteto ítalo-britânico Richard Rogers, vencedor do Pritzker - considerado o Oscar da arquitetura - que partiu aos 88 anos, conforme divulgado pela imprensa britânica. A causa da morte do profissional não foi divulgada.
"É com profunda tristeza que os sócios e a equipe da Rogers Stirk Harbor + Partners confirma a morte de nosso colega, amigo e sócio fundador Richard Rogers. Pelas mais de quatro décadas de trabalho, ele será lembrado como um colega e amigo, que era agregador, sempre completamente livre de status, sempre inclusivo, sempre explorando e olhando para frente", diz nota publicada no site do escritório do arquiteto. "Homem de imenso impulso e carisma, foi igualmente um homem de civilidade e integridade, dedicado à arte e à ciência da arquitetura, do urbanismo, da vida da cidade, do compromisso político e da mudança social positiva. Seu amor pelas pessoas, pela discussão, pela partilha de pontos de vista, por explorar novos caminhos e pelo trabalho cooperativo e criativo se refletiu na prática que ele fundou e que continua a adotar e desenvolver esses ideais hoje. Richard viveu sua família e sua vida profissional como um só e nossos pensamentos e condolências estão com sua família hoje", encerram os sócios, em nota.
Centro Georges Pompidou, em Paris, obra de Richard Rogers e Renzo Piano.
Centro Georges Pompidou, em Paris, obra de Richard Rogers e Renzo Piano.
Nascido em 1933, em Florença, na Itália, Rogers retornou à Inglaterra, terra de origem de seus pais, após o início da Segunda Guerra Mundial. No Reino Unido, se tornou reconhecido por uma arquitetura de alta tecnologia e que tem o vidro e aço entre suas matérias-primas de destaque.
Edifício 3 World Trade Center também leva a assinatura do arquiteto, falecido neste sábado (18).
Edifício 3 World Trade Center também leva a assinatura do arquiteto, falecido neste sábado (18).
São elas que aparecem, por exemplo, no Centro Georges Pompidou, em Paris, obra assinada em parceria com o também gigante arquiteto italiano Renzo Piano. Também levam o nome de Rogers o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos em Estrasburgo, o Terminal 4 do Aeroporto Madrid-Barajas, o Millennium Dome, em Londres, e o 3 World Trade Center, em Nova Iorque.
Tais obras que unem o "amor pela arquitetura com um profundo conhecimento de materiais e técnicas construtivas", como ressaltou o júri do Pritzker ao conceder o prêmio a Rogers, em 2007. "Seu fascínio pela tecnologia não é apenas para efeitos artísticos, mas mais importante, é um eco claro do programa de um edifício e um meio de tornar a arquitetura mais produtiva para aqueles a quem serve. Sua defesa da eficiência energética e da sustentabilidade teve um efeito duradouro na profissão", completou.