Arquitetura
Proibido em 65 países, amianto poderá ser usado em produtos domésticos nos Estados Unidos
Foto: Gazeta do Povo/Arquivo
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) permitiu a ampliação do uso do amianto na indústria norte-americana, como apurou a Fast Company. A substância perigosa, proibida em 65 países, e nunca totalmente banida dos EUA, poderá ser introduzida por meio de produtos e materiais domésticos comuns do dia a dia.
Esse será o resultado direto de um “SNUR” (Nova Regra de Uso Significativo, na sigla em inglês), que permite, entre outras coisas, que produtos contendo amianto sejam aprovados pelo governo federal. Diversos especialistas ouvidos pela reportagem da revista norte-americana defendem que os arquitetos deveriam exigir uma mudança no mercado da construção.
A brecha na lei surge a partir da avaliação do risco de produtos químicos potencialmente nocivos. De acordo com a EPA, as avaliações de risco não considerarão mais o efeito ou a presença de substâncias no ar, solo ou água, oferecendo uma brecha para aqueles que buscam restabelecer produtos derivados do amianto.
Embora o amianto não represente uma ameaça direta aos consumidores, o perigo de interagir com fibras de amianto prejudiciais aumenta para mineradores, operários da construção civil e pessoas que vivem perto de aterros sanitários.
O que antes era um mineral comum na indústria da construção devido às suas propriedades de retenção de calor, nas últimas décadas tem sido associado a doenças como o câncer de pulmão. Isso levou à proibição de produtos contendo amianto em 65 países ao redor do mundo, incluindo grande parte da Europa e do Golfo Pérsico, juntamente com países como o Japão e a Coreia do Sul na Ásia.
Embora os EUA nunca tenham proibido inteiramente a substância, seu uso foi restringido pela legislação entre 1972 e 1989.
*Com Fast Company e ArchDaily.