Arquitetura

Organização na ponta do lápis

adrianoj
20/11/2009 02:08
A casa própria é o sonho de 7,2 milhões de brasileiros que, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, não têm onde morar. A opção por construir passa por uma reflexão profunda. A questão mais prática de todas é o dinheiro. Boa parte das famílias opta por um parcelamento direto com a construtora ou mesmo por um financiamento no banco, tudo depende de quanto há de recursos disponíveis.
Para os profissionais da construção, o ideal é que a pessoa tenha ao menos 40% do custo total orçado para a obra antes de iniciar a casa nova. “Essa fatia dá fôlego para que se arranje o resto, mas se a pessoa não souber ainda como irá conseguir os outros 60% não deve começar a obra”, aconselha o diretor da construtora Braengel, Euclésio Finatti.
Logo após o fechamento do orçamento, o consultor econômico e professor da UniFAE Centro Universitário Marcos Kahtalian recomenda mais uma revisão no projeto da casa. “Por mais tempo que tenha sido gasto no projeto da casa – e todo o tempo gasto nisso é válido – a família acaba sempre querendo mais do que pode pagar. Por isso, depois do susto do total, é bom reconsiderar as ideias”. Ele aconselha também que o orçamento seja feito com base em preços médios. “Algumas pessoas se baseiam nos materiais mais baratos ou em promoção, mas isso é errado, porque promoções acabam e materiais ficam desatualizados.”
Construtoras acostumadas com a execução de obras residenciais, como a Braengel e a J.A. Baggio, afirmam que é do meio para o fim que a obra fica mais cara. “As pessoas se entusiasmam, porque com um custo relativamente baixo conseguem erguer e cobrir a casa, mas é a partir daí que começa a fase mais cara. Essa fase, no entanto, é fundamentalmente baseada nas escolhas dos clientes. Há cerâmicas de R$ 10 a R$ 400 o metro quadrado. Tudo depende do que o cliente quer e como irá compensar um gasto a mais no geral da obra”, diz Finatti.
Projeto
Cada ideia que foge do projeto acordado é uma mudança em todo o andamento da obra e resulta não só em atrasos, mas em gastos não previstos. “Mudanças são passos para trás na obra. O cronograma se altera, assim como a atividade da equipe que está lá e terá de ser remanejada para uma nova tarefa para não ficar improdutiva”, esclarece a diretora da J.A. Baggio, Blanca Baggio. Para Finatti, a família só deve fazer mudanças se bem pensadas, com a orientação do profissional responsável, e, de preferência, cujos custos possam ser compensados em outra parte da obra. “Alterações mal avaliadas ou repentinas são motivo de estresse entre cliente e construtor.”

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