Arquitetura

Nova York aprova lei que exige prédios com menos vidro para segurança dos pássaros

HAUS*
26/12/2019 16:00
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Novos prédios altos em Nova York terão de seguir norma de construção que prevê vidro "amigo" dos pássaros. Foto: Bigstock.

A limitação no uso de vidro no fechamento de prédios altos acaba de ser aprovada pelo Conselho Municipal de Nova York.  A lei exige que todas as novas edificações acima de 23 metros de altura usem vidros seguros para aves. Estima-se que mais de 200 mil pássaros colidam anualmente com as superfícies envidraçadas dos edifícios da cidade.
A previsão é de que a norma entre em vigor a partir de dezembro de 2020. O projeto de lei foi apresentado pelo membro do Conselho do Brooklyn, Rafael Espinal, e aprovado com 41 votos a favor e apenas três contra.
Novos prédios altos em Nova York terão de seguir norma de construção que prevê vidro "amigo" dos pássaros. Foto: Bigstock.
Novos prédios altos em Nova York terão de seguir norma de construção que prevê vidro "amigo" dos pássaros. Foto: Bigstock.
Segundo dados levantados pelo jornal The New York Times, 29% dos pássaros desapareceram da América do Norte desde 1970. A nova lei exige que 90% dos primeiros 23 metros verticais das fachadas dos novos edifícios sejam construídos com materiais seguros para pássaros. “Os pássaros são uma parte vital do nosso ecossistema e tenho orgulho de que a cidade de Nova York esteja assumindo a responsabilidade por nosso papel nesse ecossistema que existia muito antes dos nossos imponentes arranha-céus”, disse Espinal à publicação.
A diretora do Wild Bird Fund Rita McMahon, acrescenta que esta “é uma decisão histórica. O que o Conselho fez foi salvar milhares de vidas e, esperamos, outras cidades, construtores e arquitetos seguirão o exemplo de Nova Iorque.”
A nova lei está alinhada com os planos do prefeito Bill de Blasio, que pretende proibir a construção de arranha-céus de vidro, visando reduzir em 30% as emissões de efeito estufa na cidade. A polêmica medida, foi anunciada por ele em junho de 2019. (Entenda o caso).

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*via Archdaily