Arquitetura

No topo da casa

Eloá Cruz, especial para a Gazeta do Povo
24/04/2014 03:16
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Antigamente, o sotão de quase 150 metros quadrados da casa da empresária Ana Adalgisa de Almeida Fontana, de 55 anos, era área dedicada à brincadeira e à recepção dos amigos dos filhos Diogo, de 33 anos, Henrique, 29, e dos gêmeos Rodolfo e Anna Júlia, 22. Só que eles cresceram e ela resolveu dar outra função ao espaço: “Depois que comecei a confeccionar miniaturas, senti a necessidade de ter um espaço para montar meu ateliê”, conta a empresária, que também usa a parte superior da casa para receber seus clientes. O sótão foi, então, reformado e dividido em vários espaços: home theater, academia, banheiro e ateliê.
Decorado pela própria Ana Adalgisa, as mesas, cadeiras e armários antigos foram restaurados e incorporam o visual que lembra uma casa de boneca. Um armário cheio de gavetas foi herdado da família do marido e tem mais de 100 anos. O móvel, que antes abrigava amostras de erva-mate, serve atualmente para organizar parte das cinco mil delicadas peças feitas à mão pela artista.
O sótão-ateliê, no entanto, é compartilhado com os outros moradores da casa. O cinema, por exemplo, foi construído para os filhos. “Criei o lugar para que os quatro possam trazer amigos e namoradas, namorados”, salienta. E a academia foi o espaço mais elaborado para atender é às necessidades dos malhadores da casa.
Vida nova
O sótão da residência do programador Carlos Eduardo Gusso Tosin, de 31 anos, era daqueles típicos, meio abandonados, usado para guardar entulhos. Ele só resolveu se mexer (e mexer no ambiente), quando soube da vinda da filha Isabelle, atualmente com 2 anos. “Desde quando nos mudamos, a parte de cima [da residência] era meio desabitada. Depois que resolvi trabalhar em casa e com o nascimento da minha filha, meu escritório virou o quarto dela e eu me mudei para o sótão”, explica ele, que transformou o cômodo em escritório, espaço para leitura e um estar para receber os amigos.
Projetado pela arquiteta Renata Mueller, o lugar ganhou mais claridade com a cobertura laminada no forro do telhado, que era de madeira escura. Para quebrar um pouco do clean, listras nas cores amarelo queimado e marrom em um detalhe da parede. Uma porta de correr também foi colocada para segurar o calor da lareira nos dias de inverno e garantir a circulação da menina. “Usamos uma iluminação aconchegante e trabalhamos com o mobiliário solto, para dar mais amplitude ao espaço”, ressaltou a arquiteta.
Serviço
Transformação no sótão