A Casa Modernista, projetada por Gregori Warchavchik e considerada o primeiro imóvel do estilo construído no país, será a nova sede do Museu da Casa Brasileira, único dedicado à arquitetura e ao design no Brasil. O acervo está de mudança após o anúncio de encerramento do acordo de ocupação do Solar Fábio Prado e de gestão do museu entre a dona do espaço, a Fundação Padre Anchieta, e a Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

A definição de nova sede veio rápido, mas a reabertura terá que esperar. Localizada na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, a Casa Modernista passará por reforma antes de receber o MCB. A previsão é de que a retomada das atividades aconteça apenas em 2025. As informações foram confirmada a HAUS pela assessoria do museu.

A partir de 30 de abril, quando o museu deixa o Solar na Faria Lima, o acervo será levado para uma reserva técnica ou para exposição no Museu do Ipiranga de acordo com a Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Essa definição deve sair até o final do mês.

Ainda de acordo com a secretaria paulista, o projeto de restauração do novo endereço deve levar "pelo menos 24 meses". Segundo informação publicada pela Folha de S.Paulo, a transferência do MCB para a nova sede deve custar R$ 25 milhões, valor que deve ser custeado através de recursos captados pela Lei Rouanet e por ações de mecenato.

Importante símbolo arquitetônico brasileiro, a Casa Modernista foi projetada em 1927 e erguida em 1928 para servir de residência à família de seu idealizador, o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik. O imóvel é tombado pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat) e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).