Fachada do Mercado Municipal ganha novas cores e destaca símbolo de Curitiba

Depois de completar 60 anos recentemente, o Mercado Municipal de Curitiba passa por uma reforma na fachada da Rua General Carneiro que vai fechar a galeria de estabelecimentos comerciais no período da noite e ornamentar o espaço com o pinhão estilizado, um dos principais símbolos de Curitiba.

A renovação, que já está em andamento, com conclusão prevista para a metade de outubro, vai incluir a pintura do espaço, a reforma do piso e a instalação de brises de metal na área externa. “A ideia é revitalizar esta galeria que tem uma série de atividades de comércio voltadas à alimentação, criando uma proteção, porque o sol da tarde ali é muito forte; e há também a função de segurança para o período da noite”, explica o coordenador de Projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Mauro Magnabosco.

Segundo Magnabosco, a instalação dos brises vai permitir que a área da galeria seja fechada durante a noite e evitar que o local seja utilizado como abrigo por pessoas em situação de rua. “Esta é uma demanda da associação dos comerciantes, que vêm há muito tempo solicitando melhorias, eles têm uma série de problemas. Eles querem evitar este tipo de utilização, pois compromete muito a atividade comercial deles, por uma questão de segurança alimentar”.

A reforma será custeada pela Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal de Curitiba (Ascesme) e executada pelo próprio Ippuc, em conjunto com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Smab). Serão investidos R$ 400 mil na remodelação.

As mudanças, assinadas pelo arquiteto Guilherme Klock, do Ippuc, vão gerar uma alteração visual da fachada com novas cores e elementos. “Fizemos uma bandeira onde tentamos trazer alguns elementos curitibanos, o pinhão, a pinha, para poder criar uma vinheta de composição de arquitetura. A escolha de cores visa criar um espaço diferenciado, já que era um cinza muito triste, agora trazemos um amarelo que é bem atrativo e o vermelho para contrastar”, diz Magnabosco.

De acordo com o coordenador de projetos do Ippuc, o local passa por alterações e reformas desde os anos 80, que visam melhorar a funcionalidade do local, que nos anos 2000 ampliou sua gama de visitantes de 5 para 65 mil visitantes mensais. “O Mercado Municipal não tem uma arquitetura referenciada e condizente como patrimônio cultural, mas tradicionalmente é um patrimônio pela sua atividade como mercado de abastecimento alimentar muito importante para a cidade”.

Tendo em vista aumentar a sensação de segurança dos frequentadores, a lateral da Rua da Paz, que também tem uma forte presença de pessoas em situação de rua durante a noite, deve ganhar, no futuro, mudanças que permitam ao espaço ser fechado durante a noite, a exemplo do que vem sendo feito na General Carneiro.

“O objetivo é proporcionar mais segurança, oferecer um serviço melhor para o usuário, considerando que este é hoje um centro de absorção de venda de produtos alimentares, de abastecimento, é um ponto turístico da cidade, para as pessoas que vêm de fora para o próprio curitibano”, comenta, explicando que a iluminação do local também deve receber melhorias.

Toda a região do entorno do Mercado e da Rodoferroviária fazem parte de um programa de revitalização da Prefeitura Municipal que começou com a reabertura do Restaurante Popular do Viaduto Capanema, em janeiro deste ano, coordenada com um trabalho da Fundação de Ação Social na tentativa de cadastrar e realocar as pessoas em situação de rua que vive na região.