Arquitetura
Limitação financeira altera projeto do café da Biblioteca Pública do Paraná
Projeto do arquiteto Manoel Coelho para a Biblioteca Pública do Paraná previa ampliação do edifício em pequeno espaço lateral inutilizado pela construção. Imagem: Manoel Coelho Arquitetura e Design/Divulgação
A retomada da Biblioteca Pública do Paraná pela população começou. É desse jeito que Manoel Coelho, um dos grandes figurões da arquitetura do estado, encara a finalização da primeira etapa de revitalização da construção, que mexeu em parte do térreo, do segundo andar e no auditório. Mas o melhor ainda está por vir, como frisa o autor do projeto que está deixando a biblioteca de cara nova.
É o café da instituição. O projeto já existe, mas deve sair do papel definitivamente somente no segundo semestre deste ano. A direção da biblioteca ainda estuda a melhor forma de implementar a atividade.
O que se sabe com certeza é que o café não será mais como nas fotos. Mesmo com a ajuda milionária da Renault, limitações financeiras levaram os dirigentes da biblioteca a abandonar o projeto inicial. “O café vai sair, mas sem a extensão prevista originalmente e sem o deque. Sairia muito caro”, explica Manoel Coelho, lembrando que o espaço já está em construção.
O investimento ideal para revitalizar toda a biblioteca seria de cerca de R$ 8 milhões, de acordo com Coelho. Por enquanto, somente R$ 2,1 milhões foram disponibilizados e vieram do Instituto Renault, que topou custear parte da obra. “Fizemos algumas adaptações com o orçamento menor, mas os cortes não prejudicam o projeto”, garante o arquiteto.
O “pulo do gato” do projeto original do café estava no aproveitamento de uma área lateral externa que hoje está inutilizada. “Aquele pedaço não serve para nada como está agora. Então a ideia era ampliar a área interna para aquele espaço, criando um deque com plantas, mural e vista para o lado de fora”, lembra.
Apesar da limitação, Coelho tem confiança de que a versão simplificada do café ganhará vida independente e se tornará mais um espaço de permanência e encontro dos curitibanos, como outras iniciativas que deram certo. “É o caso do café do Paço Municipal”, destaca.
O nome do café ainda também não está decidido. A sugestão do arquiteto é Café Kolody, em referência à poetisa paranaense. E aí, você gosta?