Arquitetura

Hotéis europeus de luxo revitalizam prédios históricos

HAUS
02/05/2016 13:33
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Hotéis Villa Cora, em Florença, Farol, em Cascais, e Le Cinq Codet, em Paris. Fotos: Divulgação

Na Europa, os prédios históricos estão por todos os lados e hoje abrigam casas, museus, bares, teatros e até hotéis, que são responsáveis por revitalizar e manter os imóveis. Construções como uma mansão no litoral de Portugal, um prédio industrial dos anos 1930 em Paris e uma residência aristocrática em Florença são bons exemplos.
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Em Cascais, a apenas 35 minutos de Lisboa, está localizado o Farol Hotel, que funciona em uma mansão construída no final de 1880 a pedido dos Viscondes de Cabral. A construção fica ao lado do Farol de Santa Marta.
Em 2002, com a intervenção do arquiteto Carlos Dias, o local foi transformado em um emblemático hotel butique e se tornou membro da cadeia Design Hotels. O prédio é exemplo da arquitetura minimalista: a parede de vidro com vista para o Oceano Atlântico, em conjunto com o contraste do preto e do branco, as cores predominantes do projeto de interiores, quebram o estilo clássico e dão um toque contemporâneo ao hotel.
Dos 33 apartamentos do Farol Hotel, oito foram decorados por renomados designers europeus, como Ana Salazar, António Augustus, José Antonio Tenente e João Rolo, cada um com suas particularidades.
Ao abrir as janelas, o hóspede é mais uma vez surpreendido, seja com a espetacular paisagem do oceano ou com o charme das casas mediterrâneas da vila de Cascais. A piscina, de água salgada, também ocupa lugar de destaque no panorama arquitetônico do empreendimento, localizada sobre as rochas e cercada por um agradável jardim.
Moderno, mas igualmente luxuoso, o hotel Le Cinq Codet, em Paris, é a solução para turistas que procuram hospedagem exclusiva em um destino urbano. Desenhado pelo famoso designer francês Jean-Philippe Nuel, o projeto é resultado da restauração de um prédio industrial dos anos 1930, antiga sede da France Telecom – que sempre se destoou do ambiente residencial do bairro 7ème, um dos mais refinados da capital francesa.
O edifício sisudo, portanto, deu lugar ao luxuoso “hotel design”, conceito que preza por uma atmosfera residencial e aconchegante. No centro do hotel, o pátio interno é um refúgio da vida agitada de Paris: com vegetação exuberante, o local convida ao descanso. Para isso, há espreguiçadeiras, sofás circulares e mesas à sombra.
Decorado com mais de 400 obras de renomados artistas – entre pinturas, esculturas e fotografias –, o Le Cinq Codet conta com 67 apartamentos, dispostos em 29 layouts diferentes. A carteta de cores – carvalho natural, cru e branco – destaca a luminosidade natural dos janelões da fachada, que contrasta com as referências industriais trazidas pelos painéis assinados pela artista gráfica Béatrice Grandjean.
Nas suítes, que ficam na cobertura do hotel, o charme fica por conta dos terraços panorâmicos, de onde se pode avistar a Torre Eiffel, o Museu Rodin e o Domo des Invalides, sob o qual Napoleão foi enterrado. Ainda com o objetivo de reforçar a sensação de aconchego e familiaridade, estas acomodações contam com paredes corrediças que permitem integrar todos os cômodos, resultando em uma espécie de loft – sempre decoradas com muitas peças de arte e design. Já nos apartamentos duplex a luz natural flui por todo o ambiente e o mobiliário assinado por Nuel,divide espaço com quadros de fotos em preto e branco, criando um ambiente residencial com muito luxo.
Interessados em história irão se encantar com o hotel Villa Cora, inaugurado quando Florença ainda era a capital do Reino da Itália. Já hospedou personalidades célebres, como a princesa Eugénie, esposa de Napoleão III, o compositor russo Tchaikovsky e o músico e compositor francês Debussy.
Próximo ao centro histórico da cidade, o hotel é formado por três construções distintas, hoje restauradas nos mínimos detalhes: a mansão principal, com 30 quartos decorados em diferentes estilos, inspirados nas personalidades que ali se hospedaram; o antigo estábulo, hoje revitalizado, que abriga 14 apartamentos temáticos sobre a burguesia do final do século 19, retratada na decoração e pintura do teto; e a La Follie, a última das três estruturas, que conta com apenas dois quartos privativos, ideal para quem busca uma hospedagem tranquila.
Na área externa, mais de 130 espécies de rosas espalham-se pelos jardins do hotel. Ali também ficam a piscina aquecida, em meio às altas árvores do parque, e o grande terraço panorâmico, com 500 m², que tem vista privilegiada da cidade e do Duomo de Florença.

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