Arquitetura
Google faz homenagem para arquiteta brasileira em sua página inicial

Lota foi autodidata, projetou importante parque e foi pioneira em uso de materiais. Hoje, quando faria aniversário, ganhou uma homenagem do buscador. Fotos: créditos no texto
Nesta quinta-feira (16) o Doodle do Google (mudanças no visual do logotipo da companhia para celebrar datas específicas) amanheceu brasileiro: a arquiteta Maria Carlota Costallat de Macedo Soares, ou simplesmente Lota, que estaria completando 107 anos se estivesse viva, ganhou homenagem na página inicial do buscador.

Nascida em 1910 em Paris, na França, mas radicada por aqui, foi arquiteta, paisagista e urbanista autodidata. Apesar de nunca ter se formado como tal, tem em sua história a concepção de um importante projeto: o Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, inaugurado na década de 1960 sobre aterros na baía de Guanabara. Ela idealizou e coordenou as obras, convidando o arquiteto Affonso Reidy para o projeto urbanístico e arquitetônico e o paisagista Burle Marx para o paisagismo.



A vida de Lota foi retratada no filme “Flores Raras”, de 2013, estrelado por Glória Pires, que mostra o romance que ela teve com a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop, vencedora do Prêmio Pulitzer em 1956. O filme foi baseado no livro “Flores Raras e Banalíssimas”, de Carmen L. Oliveira.
A casa onde Lota e Elizabeth viveram boa parte de sua história é um caso à parte: projetada pelo arquiteto carioca Sergio Bernardes, ela foi toda fruto da imaginação de Lota. Depois de ver o sanatório de Curicica, no Rio de Janeiro, feito por ele, encantou-se com as estruturas de pavilhão, com cobertura metálica. Encasquetou que queria uma casa com aquelas características. Começava a nascer, então, a Casa Samambaia, o que viria a ser a primeira residência com telhas de alumínio ondulado no Brasil. E tudo isso em meio à natureza de Samambaia, bairro de Petrópolis.



