Arquitetura

Escritório britânico constrói playground sensorial para crianças com autismo

Luciane Belin*
31/01/2019 18:17
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Fotos: Rob Harris/ Matt + Fiona - Reprodução

Com quantos triângulos se faz um playground adaptado? Para o escritório de arquitetura Matt + Fiona, mais importante do que o número de lâminas que dão forma à singular construção é a participação das crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que funcionam como a ‘cola’ necessária para manter o projeto de pé e cumprir seu propósito.
Composto pelo arquiteto Matthew Springett e pela educadora Fiona MacDonald, o escritório desenvolveu na cidade de Phoenix, no Reino Unido, uma estrutura especial com a proposta de se tornar o espaço de brincadeiras de crianças e adolescentes com autismo de uma escola local.
A escola vai mudar de endereço duas vezes nos próximos meses e os educadores estavam preocupados com a forma como essa longa transição poderia afetar seus alunos. Uma das características de pessoas com autismo é justamente a dificuldade para lidar com mudanças bruscas.
Matthew e Fiona elaboraram o projeto tendo o acompanhamento constante de alunos de 9 a 16 anos, que ajudaram não apenas a desenhar a construção, como também colocaram a mão na massa para combinar as grandes placas triangulares azuis que resultaram em uma divertida estrutura de brincadeiras. “Todos os estudantes da Phoenix têm graus variados de autismo. É um privilégio poder aprender da perspectiva única deles sobre o mundo e colaborar com eles em lugares para o futuro”, disseram os dois profissionais na fanpage do escritório no Facebook.
Sabendo que uma mudança de endereço iria acontecer e participando dela desde o primeiro dia, os alunos não sofreram com a transição. Uma vez que pode ser movido de um lugar a outro, o playground se tornou um ponto de referência e familiaridade para os alunos quando a escola mudar novamente de endereço.
*Especial para Haus

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