Arquitetura

Empresa italiana planeja construir 10 cidades inteligentes no Brasil até 2022

HAUS
14/06/2019 16:55
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Foto: Divulgação

A empresa ítalo-britânica Planet anunciou que pretende construir 10 megaprojetos de cidades inteligentes no Brasil até 2022.
Até agora já foram apresentadas duas oficialmente: Laguna, primeira smart city do grupo em São Gonçalo do Amarante, nas proximidades de Fortaleza, no Ceará, que está recebendo seus primeiros moradores, e Natal, na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte.
De acordo com a italiana Susanna Marchionni, co-fundadora da Planet, o objetivo é iniciar a construção de mais duas cidades ainda em 2019. Ela, contudo, não revela os lugares do país.
O primeiro empreendimento imobiliário — Laguna, no Ceará — tem 330 hectares e vai abrigar lotes residenciais, comerciais e empresariais integrados, em um total de 7.065 unidades , com capacidade para 25 mil habitantes.” Os lotes nas áreas residenciais da cidade têm preços a partir de R$ 24 mil à vista e R$ 29,5 mil a prazo.
“Não será um condomínio fechado”, como esclarece Antonella Marzi, arquiteta e uma das sócias da Recs Architects. A empresa é a responsável pelo projeto de urbanismo da smart city. “Trata-se de uma cidade aberta, como qualquer outra, a cidade não terá muros e seu acesso será livre para qualquer cidadão”, diz.
O que levou à escolha do país como foco das atividades da empresa italiana sediada em Londres foi não apenas as proximidades culturais entre Itália e Brasil, mas também a amplitude territorial. Segundo a co-fundadora, embora se possa aplicar algumas soluções inteligentes em cidades já muito povoadas, construir uma área urbana desde o começo permite aprimorá-las.
“Em países como o Brasil e Índia, com um grande déficit habitacional, é possível trabalhar do zero porque temos uma possibilidade de fazer um bairro minimizando os erros”, diz, complementando: “Lugares onde já tem muitas pessoas morando, como cidades da Europa ou São Paulo, você pode trabalhar trazendo soluções inteligentes, mas menos em termos de urbanismo porque não é possível ampliar uma rua, por exemplo. Mas tudo o que é tecnologia, inclusão social, pessoas, aquecimento, isso dá para fazer. Em Milão e Roma fizemos dois bairros desse tipo”, conta.

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