Arquitetura
Depois de reforma, Coliseu de Roma tem suas arcadas revitalizadas
![Thumbnail](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2016/07/201607/coliseu-reformado-giro-62a30140.jpg)
Veja o 'antes' e 'depois' de um dos monumentos mais simbólicos da capital italiana (Foto: divulgação site Tod's)
As arcadas do célebre Coliseu de Roma recuperaram, nesta sexta-feira (1), seu esplendor após três anos de uma complexa restauração financiada, em parte, por um grupo industrial – modelo que o governo italiano quer aplicar a outros monumentos históricos.
A primeira de três etapas de restauração da construção consistiu na limpeza das imponentes arcadas da fachada, afetadas pela poeira e pela poluição dos automóveis que circulam na cidade.
Seguindo critérios científicos rigorosos, as arcadas dos lados norte e sul também foram reforçadas para impedir sua degradação, após quase dois mil anos da sua construção.
O grupo Tod’s, do empresário Diego Della Valle, ofereceu 25 milhões de euros para a restauração. O orçamento será dividido em três partes: após a limpeza da fachada, serão reconstruídos os subterrâneos, e depois será criado um centro de serviços, para o qual serão necessários mais tempo e mais verba.
![Antes das obras, o Coliseu de Roma precisava de cuidados nas arcadas (Foto: Divulgação no site do patrocinador da reforma Tod's)](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2016/07/201607/coliseu-antes-62a30140.jpg)
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![Depois da primeira etapa, o Coliseu está mais limpo e com as arcadas reforçadas (Foto: divulgação site do financiador do projeto, Tod's)](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2016/07/201607/coliseu-depois-62a30140.jpg)
Outras iniciativas
O Coliseu, um dos monumentos mais visitados do mundo, é “o verdadeiro símbolo histórico da Itália”, comentou orgulhoso Della Valle, que quis dar o exemplo para que outros industriais se comprometam a financiar a manutenção e a recuperação de importantes monumentos e obras artísticas da capital, deterioradas pelo tempo e pelo turismo.
É o caso da cêntrica Fontana di Trevi, que foi limpa com financiamento da casa de moda Fendi, e das escadarias da Piazza di Spagna, renovadas graças ao joalheiro Bulgari.
Manter em bom estado o imenso patrimônio artístico da Itália é uma tarefa titânica, principalmente devido à crise econômica e ao crescimento de um turismo feito com menos recursos. “Não há tempo para se queixar de que não há dinheiro para a cultura. Temos que unir recursos públicos e privados”, disse o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, durante a apresentação dos trabalhos.
O governo prometeu que vai destinar 18 milhões de euros para a segunda fase da restauração do Coliseu, que incluirá também a reconstrução da arena, para que esta seja capaz de receber shows e eventos culturais, como a representação de espetáculos que eram apreciados pelos antigos romanos.
O Coliseu, o maior anfiteatro construído durante o Império Romano, foi concluído no ano 80 d.C. De acordo com o Ministério de Cultura italiano, o monumento foi visitado por 6,5 milhões de pessoas em 2015.