Arquitetura
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Curitiba ganha novo memorial de luto com conforto digno de casa, espaço gourmet e até hospedagem
As despedidas dos entes queridos sempre são carregadas de emoção e dor. Então como tornar esse momento mais confortável para todos? Pensando nisso que a Luto Curitiba, com 30 anos de existência, inaugura o Memorial Luto Curitiba, que tem características únicas e ambientes pensados nos mínimos detalhes para garantir um reencontro entre familiares e amigos que seja o mais acolhedor e personalizado possível.
Entre os serviços inéditos estão suíte para hospedagem de pessoas de outras cidades, área gourmet com chef formado pela Le Cordon Bleu de Sydney, na Austrália, jardins privativos, salas climatizadas com 5,7 metros de pé-direito, coletânea de obras de arte de altíssimo padrão e estacionamento coberto com manobrista. Além de hall de entrada, e cinco espaços de velório com cozinha ampla individual.
O prédio erguido na Avenida Presidente Kennedy, 1.013, tem 2 mil m² e demandou um investimento de R$ 7,5 milhões. “Pesquisamos muito as iniciativas similares no Brasil e em outros países e projetamos um espaço que proporciona uma experiência ímpar de acolhimento, combinando aconchego e atendimento humanizado. Por isso, temos opções de preço acessível e também para cerimoniais mais exigentes”, diz Luis Henrique Kuminek, diretor da Luto Curitiba, que esteve à frente do projeto.
A arquitetura do Memorial é distribuída em dois volumes que se conectam por meio de um átrio central com pé-direito triplo. Nas fachadas principais, balanço das salas superiores e do café, revestidos em madeira natural, estabelecem um jogo volumétrico que dinamiza e dá expressividade ao conjunto.
"O embasamento, com revestimento em concreto, busca dar solidez e estabilidade à edificação, simbolizando a segurança emocional e psicológica que os usuários necessitam nesse momento de despedida. A cor clara predomina em todas as paredes, harmonizando com a paleta cromática dos revestimentos e mobiliários, criando uma atmosfera neutra, leve e contemplativa. Os pisos amadeirados promovem sensação de aconchego e acolhimento", como explicam os arquitetos Fabio Henrique Conceição e Beatriz Silva Correia, responsáveis pela arquitetura e paisagismo do projeto. No interiores, assinam Eliane Canhoto e também Beatriz Silva Correia.
Além do branco, destaque para o uso de um cinza azulado no projeto de interiores, com um papel de parede líquido para conforto acústico e para delimitar algumas áreas, e portas pivotantes largas, que oferecem duas aberturas de luz. As salas são batizadas com nomes de árvores brasileiras, como jacarandá, cerejeira, amburana, ipê e manacá. Elas têm de 60 a 80 m².
Uma curadoria artística selecionou obras de onze artistas, a sua maioria de Curitiba, todos eles com trabalhos expostos em mostras nacionais e internacionais: Janete Anderman, Cleverson Oliveira, Jaime Silveira, Katheriny Mendes, Ana Rovati, Chen Hui Li, Juliane Fuganti, William Santos, André Mendes, Gustavo Francesconi e Tanya Traboulsi. O acervo reúne obras de diferentes técnicas e imagens abstratas que versam sobre a existência, o efêmero e a espiritualidade, criando uma narrativa que favorece a contemplação.
O Café Abraço serve aos visitantes um cardápio de alimentos comfort food, elaborado pelo chef e restaurateur Arthur Kuminek. Formado pela Le Cordon Bleu de Sydney, Austrália, e pelo Centro Europeu de Curitiba, o chef também serve buffets personalizados, conforme encomenda.
As operações começaram agora no fim de setembro. O espaço foi projetado para atender tanto as famílias associadas aos planos de assistência funeral da empresa, que já têm os custos básicos cobertos, como aos não associados, que podem contratar opções customizadas.