Arquitetura
Por dentro do Castelo de Windsor, residência favorita da rainha da Inglaterra

Windsor é considerado o quarto maior castelo do mundo. Foto: Pixabay/Reprodução.
A 40 quilômetros de Londres está uma das mais famosas residências oficiais da Rainha Elizabeth II, o Castelo de Windsor. Localizado em uma pequena cidade homônima, a edificação começou a ser construída no século 11 e é o mais antigo castelo ainda habitado da Europa.
O nome da fortificação batizou a atual dinastia do trono inglês. Foi em 1917, durante a 1ª. Guerra Mundial, que o então rei George V alterou o nome da família real para Windsor, já que o anterior, Saxe-Coburgo-Gota, fora considerado anti-patriota por sua origem germânica.

O castelo sobreviveu ao tumultuado período da Guerra Civil Inglesa (1642-1651), quando foi usado como sede militar por forças parlamentares e prisão para Charles I. Durante a restauração da monarquia, em 1660, Charles II reconstruiu a edificação com o auxílio do arquiteto Hugh May, que criou interiores barrocos, até hoje admirados.
Após um período de negligência no século 18, George III e George IV renovaram o palácio, produzindo o design que sobrevive até hoje nos Apartamentos de Estado, repletos de móveis rococó, góticos e barrocos.

No século 19, a rainha Vitória fez pequenas mudanças no castelo – que se tornou um centro de entretenimento real durante muito tempo em seu reinado -, incluindo a Capela de São Jorge, construída no século 14. O local é considerado um incrível exemplo da arquitetura perpendicular gótica inglesa por historiadores.

Uso atual
Casa de fim de semana preferida de Elizabeth II, a edificação integra a lista dos maiores castelos do mundo, com mais de 50 mil metros quadrados e mil quartos. Combina características de uma fortificação, um palácio e uma pequena cidade. A essência do projeto é georgiana e vitoriana, baseada em uma estrutura medieval, com características góticas reinventadas de maneira moderna.

Incêndio
O que enxergamos no castelo atual, que é hoje uma popular atração turística, é na realidade o resultado de uma série de etapas de construção, incluindo um amplo processo de recuperação após um incêndio em 1992.

Na ocasião, o fogo se espalhou e destruiu nove dos principais aposentos. Como a edificação já estava passando por um processo de reforma, alguns deles estavam esvaziados para restauração, poupando a maioria da coleção histórica das chamas. A maior parte da arquitetura anterior foi mantida, com pequenas alterações que refletem o gosto moderno.
*Especial para a Gazeta do Povo