Arquitetura

Por dentro do Castelo de Windsor, residência favorita da rainha da Inglaterra

Stephanie D'Ornelas*
18/11/2017 20:00
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Windsor é considerado o quarto maior castelo do mundo. Foto: Pixabay/Reprodução.

A 40 quilômetros de Londres está uma das mais famosas residências oficiais da Rainha Elizabeth II, o Castelo de Windsor. Localizado em uma pequena cidade homônima, a edificação começou a ser construída no século 11 e é o mais antigo castelo ainda habitado da Europa.
O nome da fortificação batizou a atual dinastia do trono inglês. Foi em 1917, durante a 1ª. Guerra Mundial, que o então rei George V alterou o nome da família real para Windsor, já que o anterior, Saxe-Coburgo-Gota, fora considerado anti-patriota por sua origem germânica.
A frente do suntuoso castelo há um belo parque, aberto para visitação dos turistas. Foto: Pixabay/Reprodução.
A frente do suntuoso castelo há um belo parque, aberto para visitação dos turistas. Foto: Pixabay/Reprodução.
O castelo sobreviveu ao tumultuado período da Guerra Civil Inglesa (1642-1651), quando foi usado como sede militar por forças parlamentares e prisão para Charles I. Durante a restauração da monarquia, em 1660, Charles II reconstruiu a edificação com o auxílio do arquiteto Hugh May, que criou interiores barrocos, até hoje admirados.
Após um período de negligência no século 18, George III e George IV renovaram o palácio, produzindo o design que sobrevive até hoje nos Apartamentos de Estado, repletos de móveis rococó, góticos e barrocos.
Castelo tem características góticas aliados a traços modernos. Foto: Pixabay/Reprodução.
Castelo tem características góticas aliados a traços modernos. Foto: Pixabay/Reprodução.
No século 19, a rainha Vitória fez pequenas mudanças no castelo – que se tornou um centro de entretenimento real durante muito tempo em seu reinado -, incluindo a Capela de São Jorge, construída no século 14. O local é considerado um incrível exemplo da arquitetura perpendicular gótica inglesa por historiadores.
Capela de São Jorge (St. George’s Chapel, em inglês), é o local escolhido para a celebração do casamento. Foto: Pixabay/Reprodução.
Capela de São Jorge (St. George’s Chapel, em inglês), é o local escolhido para a celebração do casamento. Foto: Pixabay/Reprodução.

Uso atual

Casa de fim de semana preferida de Elizabeth II, a edificação integra a lista dos maiores castelos do mundo, com mais de 50 mil metros quadrados e mil quartos. Combina características de uma fortificação, um palácio e uma pequena cidade. A essência do projeto é georgiana e vitoriana, baseada em uma estrutura medieval, com características góticas reinventadas de maneira moderna.
Jeffry Wyatville, que projetou o interior dos aposentos dos Apartamentos de Estado, tinha a intenção que cada aposento representasse um estilo particular arquitetônico e que combinasse com móveis e obras de arte do período. Foto: Wikipédia/Reprodução.
Jeffry Wyatville, que projetou o interior dos aposentos dos Apartamentos de Estado, tinha a intenção que cada aposento representasse um estilo particular arquitetônico e que combinasse com móveis e obras de arte do período. Foto: Wikipédia/Reprodução.

Incêndio

O que enxergamos no castelo atual, que é hoje uma popular atração turística, é na realidade o resultado de uma série de etapas de construção, incluindo um amplo processo de recuperação após um incêndio em 1992.
Sala de Desenhos Carmesim em 2007, reformado após o incêndio de 1992. Foto: Wikipédia/Reprodução
Sala de Desenhos Carmesim em 2007, reformado após o incêndio de 1992. Foto: Wikipédia/Reprodução
Na ocasião, o fogo se espalhou e destruiu nove dos principais aposentos. Como a edificação já estava passando por um processo de reforma, alguns deles estavam esvaziados para restauração, poupando a maioria da coleção histórica das chamas. A maior parte da arquitetura anterior foi mantida, com pequenas alterações que refletem o gosto moderno.
*Especial para a Gazeta do Povo

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