Arquitetura
Em imagens, conheça detalhes e curiosidades do projeto histórico do MON
Projeto do MON envolveu vão livre, que é o terceiro maior do Brasil, com 65 metros. Foto: André Rodrigues | Gazeta do Povo
Referência na paisagem e cartão postal de Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer é ponto de encontro para donos de cães — no imenso gramado nos fundos, o famoso parcão — e amantes de arte. Visitá-lo, no entanto, é ter a oportunidade de estar em contato com uma obra ícone da arquitetura brasileira, cercada de história e curiosidades. Projetado inicialmente para abrigar o Instituto de Educação do Paraná, o local foi sede das secretarias de Estado entre 1978 e 2001, e passou duas vezes pelas mãos de Oscar Niemeyer, o mais célebre arquiteto brasileiro, para virar um dos mais importantes museus do país.
Abrigo de um acervo de mais de quatro mil obras entre pinturas, esculturas e fotografias, o Museu do Olho rapidamente tornou-se um dos principais cartões postais de Curitiba. Mas entre o primeiro prédio e o anexo, que fez render o carinhoso apelido, passaram-se mais de 20 anos.
Projeto
Pensado para ser um instituto de educação, o projeto de Niemeyer foi feito em 1967 e abrangia o prédio principal (contendo salas de aula e administração), uma área para crianças e uma quadra de esportes (onde hoje ficam o espelho d’água e um dos estacionamentos). As paredes sem janelas foram pensadas para que os alunos não se desconcentrassem, e um sistema de iluminação zenital foi projetado para que houvesse luz e ventilação suficientes. E o projeto ainda trouxe um vão livre de 65 metros, o terceiro maior do Brasil.
Acervo
O MON se estabeleceu como um dos principais acervos do Brasil, e conta com obras dos mais importantes nomes da arte paranaense e brasileira. De Andersen, Turin e Bakun até Tarsila, Portinari e Tomie Ohtake, as pinturas e esculturas são constantemente expostas na exposição própria do acervo. Além dos artistas nacionais, alguns nomes internacionais como Andy Warhol e Julio Le Parc têm obras presentes no MON. De tempos em tempos, obras e coleções são adquiridas, e tanto artistas quanto colecionadores fazem doações ao museu, que está em constante renovação.
Detalhes
Em vários aspectos, o MON respira arte – não apenas pelo rico acervo e pelo importante projeto arquitetônico. Quem caminha pelos corredores do museu também pode prestar atenção ao mobiliário: várias das cadeiras, poltronas e mesas do museu são assinadas por nomes conhecidos do design de móveis. Em alguns locais, como no MON Café, o mobiliário foi desenhado especialmente para o local, e levam detalhes da construção.
Além de toda a história, o MON é referência em termos de arte. Há pouco tempo, foi listado pela rede americana CNN como um dos 20 lugares mais bonitos do Brasil, e há quatro anos consecutivos, o museu figura na lista das exposições mais visitadas do mundo, em ranking produzido pela revista britânica The Art Newspaper.
E a partir do dia 29/09, outra novidade: “Oscar Niemeyer: Vida e Obra – Arquitetura é invenção” é uma exposição que vai trazer ao público os principais projetos do celebrado arquiteto que dá nome ao museu, de forma interativa e tecnológica. Também estarão expostos alguns dos projetos que não foram lançados, tanto com cenografias como com as plantas. A exposição fica exposta no MON até janeiro de 2017.
Serviço:
Exposição “Oscar Niemeyer: Vida e Obra – Arquitetura é invenção”
Abertura: dia 29 de setembro, às 19h00
Rua Rua Marechal Hermes, 999
Mais informações no site do MON.
*Especial para a Gazeta do Povo