Arquitetura

Em imagens, conheça detalhes e curiosidades do projeto histórico do MON

Felipe Martins*
23/09/2016 20:10
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Projeto do MON envolveu vão livre, que é o terceiro maior do Brasil, com 65 metros. Foto: André Rodrigues | Gazeta do Povo

Painel com coleção de pôster dos muitos eventos que o museu recebeu também é detalhe curioso do MON. Foto: André Rodrigues
Painel com coleção de pôster dos muitos eventos que o museu recebeu também é detalhe curioso do MON. Foto: André Rodrigues
Referência na paisagem e cartão postal de Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer é ponto de encontro para donos de cães — no imenso gramado nos fundos, o famoso parcão — e amantes de arte. Visitá-lo, no entanto, é ter a oportunidade de estar em contato com uma obra ícone da arquitetura brasileira, cercada de história e curiosidades. Projetado inicialmente para abrigar o Instituto de Educação do Paraná, o local foi sede das secretarias de Estado entre 1978 e 2001, e passou duas vezes pelas mãos de Oscar Niemeyer, o mais célebre arquiteto brasileiro, para virar um dos mais importantes museus do país.
Detalhe-milhares de bandeirolas de alumínio decoram o teto da parte interna do Olho. Foto: André Rodrigues
Detalhe-milhares de bandeirolas de alumínio decoram o teto da parte interna do Olho. Foto: André Rodrigues
Abrigo de um acervo de mais de quatro mil obras entre pinturas, esculturas e fotografias, o Museu do Olho rapidamente tornou-se um dos principais cartões postais de Curitiba. Mas entre o primeiro prédio e o anexo, que fez render o carinhoso apelido, passaram-se mais de 20 anos.
Túnel entre o prédio principal e torre do olho é um dos itens do segundo projeto de Niemeyer para o museu. Foto: André Rodrigues
Túnel entre o prédio principal e torre do olho é um dos itens do segundo projeto de Niemeyer para o museu. Foto: André Rodrigues
Projeto
Pensado para ser um instituto de educação, o projeto de Niemeyer foi feito em 1967 e abrangia o prédio principal (contendo salas de aula e administração), uma área para crianças e uma quadra de esportes (onde hoje ficam o espelho d’água e um dos estacionamentos). As paredes sem janelas foram pensadas para que os alunos não se desconcentrassem, e um sistema de iluminação zenital foi projetado para que houvesse luz e ventilação suficientes. E o projeto ainda trouxe um vão livre de 65 metros, o terceiro maior do Brasil.
O MON mantém fixa uma exposição do acervo, que conta com mais de 4 mil obras. Foto: André Rodrigues
O MON mantém fixa uma exposição do acervo, que conta com mais de 4 mil obras. Foto: André Rodrigues
Acervo
O MON se estabeleceu como um dos principais acervos do Brasil, e conta com obras dos mais importantes nomes da arte paranaense e brasileira. De Andersen, Turin e Bakun até Tarsila, Portinari e Tomie Ohtake, as pinturas e esculturas são constantemente expostas na exposição própria do acervo. Além dos artistas nacionais, alguns nomes internacionais como Andy Warhol e Julio Le Parc têm obras presentes no MON. De tempos em tempos, obras e coleções são adquiridas, e tanto artistas quanto colecionadores fazem doações ao museu, que está em constante renovação.
Detalhes das cadeiras do MON Café, inspiradas nas linhas arquitetônicas do museu. Foto: Fernando Zequinão
Detalhes das cadeiras do MON Café, inspiradas nas linhas arquitetônicas do museu. Foto: Fernando Zequinão
Detalhes
Em vários aspectos, o MON respira arte – não apenas pelo rico acervo e pelo importante projeto arquitetônico. Quem caminha pelos corredores do museu também pode prestar atenção ao mobiliário: várias das cadeiras, poltronas e mesas do museu são assinadas por nomes conhecidos do design de móveis. Em alguns locais, como no MON Café, o mobiliário foi desenhado especialmente para o local, e levam detalhes da construção.
Pátio das Esculturas tem miniaturas das obras, que permite aos deficientes visuais poderem tocar e ter noção de tamanho e formato de esculturas. Foto: André Rodrigues
Pátio das Esculturas tem miniaturas das obras, que permite aos deficientes visuais poderem tocar e ter noção de tamanho e formato de esculturas. Foto: André Rodrigues
Além de toda a história, o MON é referência em termos de arte. Há pouco tempo, foi listado pela rede americana CNN como um dos 20 lugares mais bonitos do Brasil, e há quatro anos consecutivos, o museu figura na lista das exposições mais visitadas do mundo, em ranking produzido pela revista britânica The Art Newspaper.
Museu tem média anual de 340 mil visitantes, que podem passar pelas 12 salas de exposição do museu. Foto: André Rodrigues
Museu tem média anual de 340 mil visitantes, que podem passar pelas 12 salas de exposição do museu. Foto: André Rodrigues
E a partir do dia 29/09, outra novidade: “Oscar Niemeyer: Vida e Obra – Arquitetura é invenção”  é uma exposição que vai trazer ao público os principais projetos do celebrado arquiteto que dá nome ao museu, de forma interativa e tecnológica. Também estarão expostos alguns dos projetos que não foram lançados, tanto com cenografias como com as plantas. A exposição fica exposta no MON até janeiro de 2017.
Espaço do museu também tem oficina para as centenas de crianças que passam semanalmente pelo MON. Foto: André Rodrigues
Espaço do museu também tem oficina para as centenas de crianças que passam semanalmente pelo MON. Foto: André Rodrigues
Serviço:
Exposição “Oscar Niemeyer: Vida e Obra – Arquitetura é invenção”
Abertura: dia 29 de setembro, às 19h00
Rua Rua Marechal Hermes, 999
Mais informações no site do MON.
Loja do museu tem souvenirs e produções gráficas do próprio MON, e todos os itens levam alguma inspiração artística. Foto: André Rodrigues
Loja do museu tem souvenirs e produções gráficas do próprio MON, e todos os itens levam alguma inspiração artística. Foto: André Rodrigues
Até a mobília do museu é inspirada em arte - cadeiras e poltronas levam nome de designers de móveis. Foto: Fernando Zequinão
Até a mobília do museu é inspirada em arte - cadeiras e poltronas levam nome de designers de móveis. Foto: Fernando Zequinão
*Especial para a Gazeta do Povo