Diversos poetas e filósofos ao longo da história defendem que o genial reside na simplicidade, o tal dito último grau de sofisticação. Foi a partir dessa intenção que a arquiteta Fernanda Padula projetou a Casa Petro, uma residência de 380 m² em Ribeirão Preto, como um pavilhão retangular flutuante no centro de um jardim generoso.
A casa tem uma base estrutural sem muitos suportes, o que faz com que pareça flutuar. Está elevada 40 centímetros do solo, apoiada em vigas recuadas. Ao todo são duas lajes armadas, sustentadas por paredes pilares de concreto, todas aparentes.

A simplicidade também está na disposição dos ambientes. O térreo abriga os espaços de uso coletivo, com sala, escritório, banheiro, cozinha e área de serviço. Todos conversam com os jardins com grandes aberturas e uma varanda que torna-se o espaço central de convivência.

No segundo andar fica a área íntima com duas suítes e um pátio mirante, uma grande laje (cobertura da varanda), com vista para as copas das árvores. O quarto e banheiro da suíte principal se abrem para esse espaço.

O bambu, um material tão resistente e sustentável utilizado para grandiosas obras na Colômbia e na Indonésia, aparece no projeto como filtro solar dos quartos. E cria um diálogo com os outros materiais brutos empregados na obra.

De dia, os painéis de bambu filtram a luz no interior da casa criando uma textura de luz e sombra. À noite, transformam as caixas em grandes lanternas que iluminam o terreno.

Perceba que na cozinha também impera a máxima da simplicidade contemporânea. A prova está nos diversos utensílios que ficam à mostra, suspensos sobre a ilha do espaço. Essa escolha demanda uma seleção primorosa de peças e um pouco de adesão ao minimalismo como estilo de vida, sem aquelas centenas de louças e copos.
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