Arquitetura

Parolin ganha caixa iluminada em complexo de tradicional clube de Curitiba

Sharon Abdalla
Sharon Abdalla
13/01/2018 20:00
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Foto: Alexandre Ruiz / Divulgação

Um prédio em forma de cubo tem mudado a paisagem e chamado a atenção de quem circula pelo bairro Parolin, em Curitiba. Inaugurada no último mês de dezembro, a construção abriga o novo complexo de padel do Clube Curitibano e tem nos traços modernos e na sustentabilidade suas principais características.
O volume da edificação, de 1,5 mil m², faz com que ela naturalmente se destaque entre as vizinhas, residenciais. Este fato é potencializado pela translucidez de sua estrutura, com bases metálicas e fechamento em vidro e venezianas de policarbonato.
“É um projeto no qual a beleza e a qualidade estão na simplicidade. Ele tem um desenho muito limpo e traz essa caixa suspensa, que à noite se transforma em uma caixa iluminada, como uma espécie de releitura dos diversos barracões localizados na região”, destaca o arquiteto Gustavo Pinto, diretor de engenharia do Clube Curitibano.
A opção pelo vidro para o fechamento das quadras veio do desejo do clube de tirar o maior partido possível da conexão visual com o perímetro e de fazer do complexo uma referência nacional. “Essa estrutura permite aos praticantes terem uma percepção de todo o entorno, o que é uma exigência dos jogadores, já que a estrutura do ginásio não pode gerar nenhum impedimento visual no fundo as quadras”, explica o arquiteto Alexandre Ruiz, do Saboia+Ruiz Arquitetos, escritório responsável pelo projeto.
Para dar conta disso, o complexo foi estruturado sobre quatro apoios, concentrados na área destinada à circulação dos jogadores. Nas quatro quadras, o destaque fica por conta do pé-direito de oito metros livres. Vestiários, pergolado e churrasqueira com espaço de confraternização completam o espaço.

Sustentabilidade

O fechamento em vidro permite que o ginásio tire o máximo proveito da luz natural, possibilitando inclusive que, em dias de maior incidência luminosa, as partidas possam ser realizadas sem o suporte da iluminação artificial.
“A ventilação cruzada em abundância permite que o espaço não precise de nenhum tipo de climatização. O controle da intensidade do vento, na face leste, é feito por duas cortinas, também translúcidas”, acrescenta Ruiz. O arquiteto lembra, ainda, que o reaproveitamento da água das chuvas nos vasos sanitários e na rega dos jardins é outra característica sustentável do projeto.
“Quando produzimos uma edificação, temos a oportunidade de fazer dela uma expressão cultural e uma referência da época que estamos vivendo. O projeto da Saboia + Ruiz é um bom exemplo disso”, resume o diretor de engenharia do clube, Gustavo Pinto. O Clube Curitibano investiu R$ 3,7 milhões na construção do novo espaço.

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